Os critérios definidos pela diretoria da Caixa para o pagamento do Bônus Caixa têm gerado diversas reclamações entre os empregados. O programa (que alcança apenas alguns segmentos) prevê, entre suas premissas, que os empregados que compõem seu público-alvo precisam ter, cumulativamente, uma determinada nota na GDP e sua unidade de lotação ter alcançado determinada nota no Conquiste.

Agora, a direção “inova”, estabelecendo que não basta nem alcançar o “Azul” do Conquiste: também é necessário atingir ao menos 90% de “Geração de Valor”, para que os empregados da unidade que são público-alvo se habilitem ao Bônus.

O movimento sindical sempre foi contrário ao modelo de bônus adotado pela direção da Caixa, pois, além de ser aplicado apenas a uma parte dos empregados, tem as regras estabelecidas unilateralmente pela empresa e presta-se a reduzir a verba disponível para ser aplicada em outras finalidades, como o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). 

Os problemas observados nos últimos anos mostraram que a crítica é correta: em 2021 muitos empregados precisaram devolver parte do dinheiro e, em 2020, o então presidente prometeu uma “surpresa” para o bônus (que se materializou em um aumento das metas no último mês do ano, deixando o pagamento mais distante), entre outros desacertos da administração – revertidos, ao menos em parte, após atuação das entidades representativas.

Alguns empregados afetados pela decisão da direção do banco dizem que o critério é absurdo e uma mera forma da direção justificar o não pagamento dos valores. “O que está acontecendo este ano é mais um absurdo da administração da Caixa. Como a direção pode considerar que uma agência que está em “Alta Performance” não “gera valor”? O fato só mostra como a definição das metas pela alta direção do banco é absolutamente descolada da realidade e a direção, como sempre, acaba penalizando os empregados”, criticou o diretor presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros. “Se a intenção do bônus é motivar, o efeito conseguido é o contrário. Vamos cobrar da Vicop e da Vired a revisão do modelo”, concluiu.

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