sr abc
Reunião na SR ABC debate problemas no processo do estágio probatório na região

Em pauta na última rodada de negociação permanente entre a representação dos empregados e a direção da Caixa, ocorrida em janeiro, os problemas evidenciados nos processos de avaliação durante o estágio probatório estão entre as principais reclamações constantemente recebidas pela APCEF.
Com o propósito de debater o assunto e buscar soluções para os inúmeros desligamentos de trabalhadores nesta fase, os dirigentes da APCEF e do Sindicato do ABC reuniram-se com o superintendente da SR ABC – em 22 de janeiro – e das SRs Penha e Pinheiros – no dia 28.
As discussões giraram em torno das falhas nos processos de avaliação, que passam pela falta de clareza ou ausência de feed back, ausência de condições básicas para que os empregados novos possam desenvolver o que lhes é exigido – como a falta de acesso aos sistemas (senhas) – e até mesmo falta de cadeiras, mesas e computador.
Muitos empregados contratados há pouco tempo têm sido lotados em agências recém-inauguradas, o que caracteriza um outro problema, considerando que, nas novas unidades, as equipes estão em formação, dificultando o processo de aprendizagem, de orientação e de acompanhamento dos trabalhadores durante o estágio.
“A Caixa criou e está fomentando, no processo de contratação, um círculo vicioso que acaba por prejudicar todos os empregados”, comentou a diretora da APCEF Ivanilde Moreira de Miranda.
Sem saída – de acordo com a dirigente, o número insuficiente de empregados nas agências contribui, negativamente, quando o assunto é garantir orientação e suporte ao novo trabalhador.
“A sobrecarga de trabalho imposta pelo cumprimento de metas cada vez mais abusivas é tanta que, embora os empregados tenham disposição para ensinar os novos, falta-lhes disponibilidade de tempo para tal”, comentou a dirigente. “A excessiva cobrança individualizada não proporciona condições para um ambiente de trabalho acolhedor e colaborativo entre os empregados nas agências”, completou.
Para Ivanilde, o novo empregado não pode ser punido e responsabilizado pelas deficiências estruturais da Caixa.
“O recém-chegado trabalhador, após duas semanas de integração, é praticamente ‘abandonado’ e submetido ao cumprimento das metas da unidade, tendo de rea- lizar o trabalho como se já tivesse grande experiência. Diante das expectativas não atingidas pelos novos empregados, em meio ao caos do dia a dia das unidades, eles acabam sendo prejudicados, no momento da avaliação, com um parecer desfavorável”, indignou-se a dirigente.
Alto investimento – para os representantes da APCEF, é imprescindível que o processo de avaliação seja revisto. “Vale lembrar que a direção do banco público faz um alto investimento na contratação: custeia exames médicos, estadia, transporte, etc. Por que não continuar a investir nos empregados ao invés de dispensá-los em meio a processos de avaliação que precisam ser revistos e reformulados?”, questionou Ivanilde de Miranda. “A direção da Caixa precisa, urgentemente, rever as diretrizes desse processo e, principalmente, proporcionar condições adequadas de trabalho a todos os empregados para que possam, de fato, corresponder às expectativas do banco em prol da sociedade, a qual necessita de um atendimento de qualidade”, finalizou.
 

Compartilhe: