Onde querem chegar? Esta é a pergunta que todos nós, empregados da Caixa, fazemos diariamente em nossas unidades ao nos depararmos com o cenário imposto pela direção do banco: falta de empregados, de infraestrutura e de condições de trabalho, fragilidade na segurança… um total descaso!

Aliás, descaso esse que reflete negativamente na imagem que a Caixa construiu ao longo dos tempos, de um banco voltado para atender toda a população brasileira, com foco no desenvolvimento das políticas públicas do governo federal, no bom atendimento… Onde querem chegar?

Como podemos atender bem a população se não somos bem tratados e sequer nos são oferecidas condições dignas de trabalho?
Quando prestamos concurso para construirmos uma carreira profissional dentro da Caixa, um banco público de renome, a última coisa que nos preocupou, com certeza, foi se teríamos um local adequado de trabalho, se a nossa segurança estaria garantida ou se teríamos um contingente suficiente de pessoas para atender à grande demanda de serviço.

Pressupõe-se que esses itens sejam de responsabilidade e obrigação do empregador. Quanto mais a Caixa!

Contudo, a realidade que vivemos é bem diferente: por fora, bela viola; por dentro, caos e descontentamento!

No que diz respeito à infraestrutura, o que temos visto são agências antigas sem sistema de ventilação adequado – situação agravada com a chegada do período de calor -, pisos e placas do teto soltos, espaços ínfimos para a realização das tarefas diárias – em especial nos lugares reservados para a retaguarda -, goteiras, infiltrações, falta de segurança…

Nas novas agências, apenas o nome as caracterizam desta maneira, uma vez que as unidades têm sido inauguradas sem condições mínimas de funcionamento: faltam equipamentos, mesas, cadeiras, os sistemas de ventilação não funcionam – ou por problemas na rede elétrica ou por falta efetiva de energia -, os geradores estão, na maioria dos casos, expostos ao ar livre, nas calçadas, colocando em risco a vida de empregados, de clientes e da vizinhança…

Algumas agências foram “inauguradas”, porém, não abriram as portas ainda para a população por pura falta de condições para tal!
Tanto nas agências antigas quanto nas novas, o quadro funcional continua muito aquém do necessário para atender à demanda de serviço e a população. Um desrespeito total!

Enquanto isso, a direção do banco assiste a tudo sem que medidas eficazes sejam tomadas no sentido de tornar realidade aquilo que ela mesma se propõe a ser: a melhor empresa para se trabalhar e, por consequência, o melhor atendimento a ser dispensado ao cliente bancário.

Em relação à segurança, de acordo com dados da própria Caixa, foi constatado aumento do número de assaltos no último levantamento feito pelo banco. Por causa disso, recentemente a empresa encaminhou, para todos os trabalhadores, uma vasta lista de orientações de como evitar assaltos e prevenir contratempos.

A diretoria da Caixa, ao ler o nosso editorial, pode até tentar contestar as afirmações, mas a célebre frase “os números não mentem” se faz presente e, infelizmente, retrata a realidade dos empregados das mais diversas regiões do Estado.

A APCEF tem visitado, nos últimos dois meses, agências antigas e novas no interior e na capital com o objetivo de realizar uma radiografia das unidades – trabalho esse que já rendeu um relatório, entregue à diretoria da Caixa no último dia 8, sobre as (inadequadas) condições de trabalho dos empregados de diversas SRs de São Paulo.

O resultado é desolador, como relatamos nas linhas acima.

Diante de tudo o que foi exposto, exigimos da direção da Caixa que sejamos tratados de maneira digna em nosso ambiente de trabalho, com condições efetivas de segurança e infraestrutura adequada ao nosso bem-estar e dos clientes, que tenhamos um quadro funcional compatível com aquilo que nos é exigido e com o que ofertamos à população e uma política de gestão que preze pela imagem do banco, para que ele continue sendo referência como agente de políticas públicas do governo federal. Enfim, que sejamos tratados com respeito!

Diretoria Executiva
Gestão Nossa Luta

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