Da Agência Fenae
Lideranças sindicais, associativas e populares cobram em manifesto a apuração completa do conteúdo do dossiê que incrimina o tucano José Serra por envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Dirigentes da Fenae e da APCEF/SP incluem-se entre as lideranças de mais de 70 entidades que subscrevem o manifesto.
“Estamos diante de uma tentativa escandalosa de acobertamento de fatos muito graves. A mídia vem produzindo um verdadeiro carnaval em torno da compra frustrada do dossiê, mas nega-se a abordar a questão principal, que é o seu conteúdo” – explicou Jair Pedro Ferreira, diretor de Administração e Finanças da Fenae.
“Diante da intensidade dos ataques golpistas, da onda de mentiras e baixarias patrocinadas pelo que há de mais reacionário e apodrecido no País, os militantes dos movimentos sociais exigem imparcialidade da justiça eleitoral e vêm a público alertar a população sobre esta tentativa de melar a eleição, desrespeitando a vontade popular” – diz o manifesto. Confira, a seguir, a íntegra do texto:
Manifesto: “Perdedores querem melar a eleição de Lula”
“Os mesmos que desgovernaram o país, entregaram nossas riquezas ao estrangeiro, privatizaram a Vale do Rio Doce, desempregaram e arrocharam salários, cortaram direitos, e fizeram o Brasil andar para trás, ameaçam o povo brasileiro com o uso da mais desavergonhada parcialidade e manipulação para tentar melar a eleição.
“Sem conseguirem derrotar o presidente Lula no campo da democracia, PSDB, PFL e seu candidato Geraldo Alckmin, buscam no tapetão, contando com seus tentáculos nos meios de comunicação, reverter a goleada do povo.
“Sem darem resposta ao conteúdo das denúncias que incriminam o ex-ministro da Saúde José Serra, com a máfia das sanguessugas, tentam tapar o sol com a peneira, usando métodos nazistas, para quem uma mentira repetida mil vezes se tornava verdade.
“Felizmente, a sabedoria popular separa o joio do trigo e tem reafirmado sua confiança na honestidade e no compromisso de Lula com a construção de um novo Brasil.
“Diante da intensidade dos ataques golpistas, da onda de mentiras e baixarias patrocinadas pelo que há de mais reacionário e apodrecido no país, os militantes dos movimentos sociais exigem imparcialidade da justiça eleitoral e vêm a público alertar a população sobre esta tentativa de melar a eleição, desrespeitando a vontade popular. Querem impedir a vitória que se construiu por meio de um governo com profundas raízes nas camadas populares, que começou a mudança e que vai aprofundá-las em um segundo mandato.
“A nossa resposta é tomar as ruas e ampliar ainda mais a mobilização e unidade, afirmando com uma só voz: “Com a força do povo, é Lula de novo!”.Para garantir a vitória de Lula, participe de todas as mobilizações no seu Estado”.
Assinam este manifesto, dirigentes e militantes das seguintes entidades dos movimentos sociais: Central Única dos Trabalhadores (CFUT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força Sindical, União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Coordenação Nacional das Entidades Negras (Conen), União Nacional de Negros pela Igualdade (Unegro), Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab), Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Central de Movimentos Populares (CMP), União Nacional por Moradia Popular (UNMP), Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), Movimento de Evangélicos Progressistas (MEP), União Brasileira de Mulheres (UBM), Marcha Mundial das Mulheres, Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Confederação Nacional dos Químicos e Similares (CNQ), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vestuários (CNTV/CUT), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT), Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam), Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira (Conticom), Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), APCEF/SP, Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Federação Nacional dos Trabalhadores em Processamento de Dados (Fenadados), Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fittel), Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), Federação Nacional dos Trabalhadores Domésticos, Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Federação da Associação dos Sindicatos de Servidores da Extensão Rural, Federação Nacional dos Portuários, Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Instituições de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, Federação Interestadual dos Odontologistas, Federação Nacional dos Arquitetos, Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros, Federação Nacional dos Médicos, Federação Nacional dos Aeronautas, Federação Nacional dos Trabalhadores das Indústrias Gráficas, Sindicato Nacional dos Aeroviários, Federação Nacional dos Trabalhadores em Anseio/Conservação e Limpeza Ubana, Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Mineral, Federação Interestadual dos Trabalhadores em Radiofusão e Televisão, Federação Nacional dos Farmacêuticos, Federação Nacional dos Sociólogos, Federação Nacional dos Servidores das Autarquias de Fiscalização Profissional e Federação Nacional dos Trabalhadores na Indústria Coureira do Brasil.
Assinam também o manifesto militantes de organizações de aposentados, de movimentos em defesa de pessoas portadoras de necessidades especiais, do terceiro setor, da economia solidária, da cultura e de artistas.