A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nova proposta salarial em negociação com representantes dos bancários, hoje, dia 10, pela manhã. O reajuste proposto para os pisos passou de 7,5% para 8,5%, sendo 2,29% de aumento real. Para os demais salários, o índice subiu de 7,1% para 8% (aumento real de 1,82%) – índice válido também para os outros benefícios, como vales-alimentação (R$ 397,36) e refeição (R$ 23,18 ao dia) e auxílio-creche (R$ 330,31).

Os bancos oferecem ainda reajuste de 10% sobre a parcela fixa da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) paga no ano passado. O pagamento da PLR seria de 90% do salário mais parcela fixa de R$ 1.694, e prevê ainda parcela adicional com distribuição de 2,2% de lucro liquido, e individual de R$ 9.087,49, além de pagamento da primeira parcela em 10 dias após assinatura do acordo e a segunda até 3 de março.

Caso a proposta seja aceita, os bancos afirmam que as diferenças devidas – a data-base é 1º de setembro – seriam pagas na folha de novembro.

A alteração na proposta se dá uma semana depois de a categoria ter rejeitado a segunda oferta. No início desta semana, o movimento atingiu o maior nível de adesão desde o início da greve, há 22 dias. Em São Paulo, a paralisação chegou a fechar unidades administrativas e operacionais inteiras, com grande volume de funcionários. Alguns bancos tiveram problemas com o atendimento via internet.

Ontem, 21º dia de paralisação, 12.136 agências ficaram fechadas, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A entidade calcula que tenha ocorrido um aumento de 95% na adesão desde o começo da greve, quando 6.145 unidades participaram.

A negociação entre a Fenaban e o Comando Nacional dos Bancários, que representa 95% da categoria, ainda não terminou: há um impasse sobre os dias parados. Os bancos querem que os trabalhadores compensem o período parado durante a greve em até 180 dias e os sindicatos cobram a anistia total dos dias.

A proposta ainda será avaliada pelos sindicalistas e, posteriormente, submetida a assembleias.

Fonte: Rede Brasil Atual

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