Da Agência Fenae

Ocorreu no dia 30 de agosto, em Brasília, a primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), e a Comissão de Negociação da Caixa Econômica Federal, para tratar de temas específicos da campanha salarial de 2005 na empresa. As negociações específicas são concomitantes às realizadas na mesa geral com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Os representantes dos bancários obtiveram a garantia de prorrogação das cláusulas do acordo coletivo em vigor até 30 de setembro. Se até essa data não for fechado o novo acordo, o assunto voltará a ser abordado.
O Comando Nacional dos Bancários apresentou como temas a serem discutidos na reunião o Plano de Cargos e Salários/Plano de Cargos Comissionados ( PCS/PCC), a jornada de seis horas, a isonomia aos técnicos bancários, as questões dos aposentados e ainda Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), metas, assédio moral e cláusulas sindicais.
A discussão do PCS/PCC foi remetida para uma reunião exclusiva sobre esse tema, que ocorre no dia 31 de agosto.
Na abordagem da jornada de seis horas, o Comando cobrou da empresa o respeito ao direito de jornada diária de seis horas a todos os bancários da Caixa, independentemente de função e sem redução de vencimentos. Os representantes dos empregados afirmaram ter como propósito corrigir de uma vez por todas essa ilegalidade praticada pela empresa.
Os representantes da Caixa ressaltaram a diversidade de situações que implicam em jornadas diferenciadas e informaram que a posição da empresa é pela adoção da jornada de seis ou de oito horas como opcionais para os cargos técnicos. O entendimento é de que, com isso, a Caixa estará possibilitando o aumento do número de bancários em cargos técnicos, com jornada de seis horas.
O Comando Nacional dos Bancários frisou o entendimento de que a jornada de seis horas não é uma questão a ser colocada em negociação, tampouco em mesa específica, uma vez que está prevista na legislação e deve ser observada por todos os bancos.

• Isonomia

O Comando Nacional cobrou avanços no sentido da isonomia entre os técnicos bancários e os demais trabalhadores da empresa, sobretudo no que se refere a salário-padrão, licença-prêmio e anuênio.
Os representantes da Caixa alegaram, entre outras coisas, dificuldades legais para a concessão de “vantagens típicas de funcionários públicos” aos novos empregados da Caixa. Frisaram ainda que tais vantagens comprometeriam o futuro da empresa, face ao aumento das contratações.
Sobre a extensão do auxílio-alimentação a todos os aposentados e pensionistas, independentemente da época da aposentadoria, a empresa considerou que o pleito tem “baixa perspectiva” de atendimento. Quanto ao pagamento de cesta-alimentação, a empresa disse não ser possível.
Foram travados também debates sobre problemas e soluções para o Sipon, sobre formas de participação dos trabalhadores na definição de metas e sobre a necessidade de se ter iniciativas que inibam o assédio moral.
No tocante às cláusulas sindicais, a Caixa adiantou estar de acordo com a revisão do número de dirigentes sindicais a serem liberados. Já em relação às liberações de dirigentes associativos, a empresa vê dificuldades.
Fruto de um entendimento entre as partes, a rodada de negociação não foi conclusiva em nenhum dos temas colocados em discussão.
O próximo encontro ficou marcado para 15 de setembro, às 15 horas, em Brasília.

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