Da Agência Fenae

A Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), e a direção da Caixa Econômica Federal retomaram, em 10 de dezembro, o processo de negociações permanentes, durante reunião realizada no edifício-sede da matriz, em Brasília.
Na ocasião, os representantes dos empregados apresentaram à Comissão de Negociação da Caixa uma lista com itens como a recomposição das perdas, a liberação de dirigentes da Fenae e das Apcefs, a utilização da intranet pelas entidades sindicais e associativas, a isonomia para os técnicos bancários (conversão de Apip, licença-prêmio, VPs e ATS), a renegociação das dívidas, o pagamento de insalubridade para os tesoureiros, a terceirização, a transformação dos caixas flutuantes em efetivos, os problemas enfrentados pelos avaliadores de penhor e pelos supervisores de retaguarda e a isenção de tarifas bancárias.
Também foi reivindicada a elaboração de ata da reunião, contendo as pendências da cesta-alimentação.
Ao receber a relação com os itens pendentes, a Caixa esclareceu que não tem questão fechada a respeito de nenhum ponto proposto. No caso das liberações de dirigentes sindicais e associativos, a empresa voltou a insistir na tese de que o atendimento dessa cláusula está vinculada à desistência das ações impetradas pelos dirigentes que foram obrigados a retornar a seus locais de trabalho.
Depois de deixar claro que o movimento não pode abrir mão dessas ações sem qualquer contrapartida por parte da empresa, a CNB/CUT propôs uma transação judicial como forma de buscar uma solução para esse impasse. Será feito um levantamento de todos os dirigentes liberados para discussão de caso a caso.

Grupos de trabalho

A formação dos grupos de trabalho previstos na cláusula 45ª do Acordo Coletivo de 2003/2004 foi outro assunto que esteve em pauta.
A CNB/CUT sugeriu que esses GTs sejam compostos de quatro membros de cada lado, mas os representantes da empresa alegaram dificuldades operacionais para levar adiante essa proposta e propuseram, em contrapartida, dois representantes efetivos e dois suplentes.
Não houve acordo quanto a isso e o assunto voltará a ser discutido em uma próxima reunião, marcada inicialmente para 14 de janeiro de 2004.
Ficou acertado, ainda, que a data indicativa para a instalação dos GTs é 15 de janeiro do próximo ano, com funcionamento concomitante desses grupos.
Os GTs serão instalados para tratar de assuntos específicos, como a avaliação caso a caso das demissões pela RH 008, a implantação do novo Plano de Cargos e Salários/Plano de Cargos Comissionados (PCS/PCC), a revisão dos critérios do Processo Seletivo Interno (PSI), a jornada de trabalho/horas extras e o Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), a saúde e a segurança bancária.
Durante a reunião com a empresa, a CNB/CUT esclareceu que todos os temas dos GTs são prioritários, devendo o debate sobre eles ter como mote a busca de solução para os principais problemas trabalhistas vivenciados pelos empregados.

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