Depois de rodadas de negociações frustradas com a Fenaban e com a direção da Caixa, é hora de mostrar nossa força e lutar pelos nossos direitos

Se os banqueiros deixaram claro que não estão dispostos a negociar, os bancários de todo o País reafirmaram sua disposição em lutar por seus direitos e deram sua resposta nas assembléias realizadas no último dia 29 e na paralisação de 24 horas ocorrida em 30 de setembro.
A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 7,5%, que representa um aumento real de apenas 0,35% em um cenário de inflação do período de 7,15%, foi rejeitada em assembléias realizadas em todo o País. Em seguida, o Comando Nacional orientou a realização de nova assembléia em 7 de outubro, terça-feira, com indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 8, quarta-feira.
“Os bancários estão mostrando para a Fenaban que estão unidos nesta Campanha Salarial e não aceitarão migalhas. Os bancos têm apresentado resultados extraordinários e a proposta levada à mesa de negociação não condiz com essa realidade” – avaliou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional, Vagner Freitas.

• Greve de 24 horas
A paralisação de 24 horas teve adesão maciça dos bancários em 22 capitais e nas bases territoriais de mais 126 sindicatos da categoria em todo o País. Na capital paulista, a adesão dos empregados da Caixa foi bastante significativa, tanto nas agências quanto nas áreas-meio.
“A paralisação de 24 horas foi apenas uma demonstração da nossa força. Esperamos que até 7 de outubro, dia da assembléia, os banqueiros apresentem uma proposta decente para avaliação dos bancários. Caso contrário, será greve por tempo indeterminado” – conclamou o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.

• Negociações específicas
Não bastasse a intransigência dos banqueiros, a direção da Caixa também contribuiu, na rodada de negociação ocorrida em 26 de setembro, para que nenhum item da pauta de reivindicações tivesse avanço nas discussões.
Na rodada de 3 de outubro, houve avanços na discussão do PCC e nas questões relativas aos aposentados, mas insuficientes para sinalizar um acordo, até porque as questões centrais da campanha passa pela mesa da Fenaban.
“Só conquistaremos direitos com mobilização e união. Temos de participar, ativamente, das assembléias e fortalecer o movimento dos empregados em busca de um reajuste digno e de condições de trabalho decentes” – afirmou o diretor-presidente da APCEF/SP.

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