Depois de sucessivas negociações, a Caixa ameaça descontar os dias parados da greve, prejudicando os empregados e ignorando os acordos construídos em mesa de negociação. As entidades representativas dos empregados devem buscar na Justiça os direitos dos trabalhadores. “Essa postura não pode se manter e estamos prontos para buscar os direitos dos trabalhadores da forma que for necessária”, afirma o diretor da Contraf/CUT e empregado da Caixa, Plínio Pavão. “Orientamos as entidades sindicais que ainda não o fizeram a ingressar na Justiça contra a empresa, por descumprimento de Acordo Coletivo”, finaliza.
Estava previsto, em acordo, o lançamento dos planos de compensação, de acordo com a real necessidade de trabalho. Cabia ao gestor de cada unidade elaborar o plano de compensação com a sua equipe. De acordo com o Acordo Coletivo assinado, “a Caixa comprometeu-se a não descontar as horas que eventualmente remanescerem do total de horas não-trabalhadas, após o cumprimento do plano”.
Os lançamentos no Sipon, entretanto, estão sendo feitos, não com base em planos elaborados pelos gestores locais, mas seguindo orientações padronizadas de superintendências nacionais e SRs: foram lançadas, no plano de compensação, uma quantidade de horas absurda que os empregados não conseguiriam, de forma alguma, cumprir, com o claro intuito de gerar horas para desconto na folha de janeiro/2009, desrespeitando um longo processo de negociação coletiva.
“A Caixa está agindo de forma irresponsável, punindo os empregados e ainda espera que os mesmos trabalhadores se empenhem para alcançar os resultados esperados pela empresa” – conclui o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto.

Compartilhe: