Segundo estatísticas divulgadas pelo Ministério da Previdência Social revelam que os bancários têm se afastado mais por doenças mentais do que por LER/Dort (Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).
O fato é inédito e demonstra que o assédio moral e as metas abusivas impactam diretamente na saúde do bancário, causando prejuízos profissionais, familiares e para toda a sociedade.

O assédio moral é o tema escolhido pelo movimento sindical, dentre ele a CUT (Central Única dos Trabalhadores) para o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho), em 28 de abril. O objetivo é pressionar os parlamentares a agilizar projetos de lei em trâmite no congresso para coibir a prática, já que o Brasil é um dos únicos países do mundo sem uma legislação especifica.

Os dados apresentados em 2013, mostram que transtornos mentais e comportamentais saíram na frente de todas as coisas causas de afastamento da categoria, representando 27% do total de benefícios, com um número de 5.042. As doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo vieram em segundo lugar, com 4.589 casos, ou seja, 24,58% do total.

Só neste ano de 2014, o Sindicato recebeu 116 denúncias de trabalhadores sobre assédio moral. O problema é grave e é preciso orientar os trabalhadores para cuidarem de sua saúde, exigindo seus direitos quando adoecerem pelo trabalho. É importante também denunciar as más condições de trabalho e o assédio moral, de modo que a prática diminua cada vez mais.

A luta contra o assédio nos bancos não é recente e já trouxe avanços. Em 2013, foi incluída uma cláusula que institui um Grupo de Trabalho para análise das causas dos afastamentos dos empregados dos bancos. A cláusula 61ª da Convenção Coletiva da categoria, que vale nacionalmente, estabelece um grupo para analisar em detalhe os motivos de adoecimento dos bancários e tem prazo até 31 de agosto desse ano.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Compartilhe: