A Funcef anunciou mudanças nas taxas de juros das operações de créditos oferecidas ao participante da fundação, o CredPlan. Num primeiro olhar, as mudanças parecem boas, já que apresentam reduções nas taxas de juros de todas as modalidades de empréstimos. Mas uma análise mais aprofundada revela que há questões a serem esclarecidas. Também é importante lembrar que a Funcef faz pequena redução agora, mas antes havia elevado as taxas significativamente.

A primeira das questões é sobre o sistema de amortização escolhido pela Funcef, o Sistema de Amortização Constante (SAC). Ao substituir o modelo anterior – PRICE – pelo SAC, a fundação impôs ao participante o pagamento de uma prestação mais elevada.

Para exemplificar, optamos por pegar o prazo máximo de financiamento – 96 meses – com o valor máximo permitido por participante: R$ 96 mil. Com a nova regra, de juros menores, mas usando o SAC, a prestação inicial seria de R$ 1578,66. No modelo antigo, no sistema PRICE, a primeira prestação para o mesmo valor pego ficaria em R$ 1316,15, uma diferença de R$ 262,51.

Outro ponto que merece atenção e explicação é a justificativa usada pela Funcef para reduzir os juros. Segundo a fundação, um dos motivos foi a “redução da taxa mínima atuarial” (meta) apresentada. O problema é que os participantes não sabem a quanto foi a taxa.

A Fenae já fez um pedido formal para que a Funcef explique aos participantes essas questões e apresente de forma detalhada em seus canais de comunicação os questionamentos que os participantes estão fazendo. Esse é um direito de quem coloca seu dinheiro na fundação e transparência é um dever da Funcef.

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