Além da falta de bom senso da direção da Caixa ao tomar determinadas medidas, como quando tentou obrigar os gerentes gerais a irem às agências que não abririam em um sábado para dispersar as filas, os empregados sofrem com decisões judiciais que não levam em conta sua rotina e as condições de trabalho.

Em ações movidas em várias regiões do país, como São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão e Pernambuco, o Ministério Público (MP) pede que a Caixa abra aos sábados e deixe o horário de funcionamento reduzido – adotado em função da pandemia – para voltar às seis horas diárias. Os pedidos nas ações judiciais teriam como objetivo reduzir as filas nas agências.

As ações movidas pelos MPs pretendem repercussão nacional na matéria e muitas delas já tem decisão liminar. Em Goiás e diversas regiões de São Paulo, por exemplo, foi determinado pelo judiciário o retorno do “horário normal de funcionamento e a abertura inclusive aos sábados, enquanto durar a demanda de pagamento das parcelas do Auxílio Emergencial do governo federal”.

O jurídico das entidades participa destas ações como parte interessada, questionando a validade destes pedidos que preveem a extensão do funcionamento das agências e a abertura aos sábados. Além disso, as entidades cobram da Caixa o retorno ao horário de funcionamento reduzido, como forma de diminuir a exposição dos empregados e preservar sua saúde.

As filas são formadas não por conta do horário de funcionamento das agências e, sim, porque a população encontra dificuldades de acesso ao benefício nos aplicativos disponibilidades, além de ainda ter diversas dúvidas sobre o Auxílio, que podem ser esclarecidas de outras maneiras que evitem a ida às agências.

Entenda – De acordo com as ações, com a aprovação do repasse do Auxílio Emergencial do governo federal, verificou-se uma grande demanda de pessoas pelos serviços da Caixa em todas as regiões do país.

Para mitigar a situação, o MP requereu a concessão de liminar para que se determinasse à Caixa uma série de medidas, entre elas, a limitação do número de pessoas nos locais de espera; organização das filas com distanciamento adequado entre as pessoas; distribuição de senhas com hora marcada para atendimento; limpeza constante do ambiente; e a retomada do horário normal de funcionamento das agências, inclusive aos sábados, enquanto durar os repasses do Auxílio Emergencial.

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