Os empregados estão indignados com a decisão do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, de abrir as agências nos feriados que foram antecipados na cidade de São Paulo com o objetivo de aumentar a taxa de isolamento social e reduzir o contágio do coronavírus.

“Custo a entender as ações da Caixa. Se é decretada antecipação dos feriados justamente para ‘estimular’ o isolamento social, para que as pessoas fiquem em casa, qual o sentido de o presidente da empresa dizer que as agências abrirão se os saques da segunda parcela não estão liberados nesse período?”, disse um trabalhador.

A decisão de abrir as agências foi comunicada pelo presidente da Caixa primeiro à grande imprensa e só depois aos empregados do banco. Importante ressaltar que os saques em dinheiro da segunda parcela do Auxílio Emergencial para quem recebe por meio da poupança social digital só serão liberados em 30 de maio. Até esta data, são permitidos apenas pagamentos de contas pelo aplicativo Caixa Tem.

“Estamos cansados. O empregado irá ‘perder’ o feriado, pois não descansaremos nem agora nem depois”, desabafou outro empregado.

A Caixa tem registrado cada dia mais casos de empregados contaminados com a Covid-19, principalmente depois da decisão da direção de colocar todos os clientes “dentro” das unidades. Na agência Tatuapé, por exemplo, já são sete trabalhadores infectados.

Cobrança – A APCEF/SP, a Agecef/SP e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região encaminharam ofício ao presidente do banco solicitando esclarecimentos sobre a decisão absurda (clique aqui para ler o documento).

No documento, as entidades pedem que, por uma questão sanitária, a Caixa respeite o esforço das autoridades municipais para conter o avanço do coronavírus e mantenha as agências fechadas durante os feriados antecipados.

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