A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), enviou ofício nesta semana à Caixa reivindicando a prorrogação do Projeto Trabalho Remoto enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O prazo do modelo de home office termina dia 30.

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O Projeto Trabalho Remoto é um dos principais itens do protocolo de atuação na Caixa para prevenção do contágio por coronavírus de empregados do banco público. A medida, construída em conjunto com as entidades e o movimento sindical no início da pandemia, é essencial para promover a saúde e defender a vida dos trabalhadores, de seus familiares e da população no período da quarentena.

A Contraf-CUT, durante as negociações com a Caixa, ressaltou que o confinamento de pessoas em ambientes fechados, sem restrições de barreira entre as estações de trabalho, bem como uso coletivo de elevadores e outros ambientes, ampliam consideravelmente o risco de contaminação, mesmo dos casos assintomáticos. O retorno dos empregados das áreas-meio neste momento – quando a quantidade de pessoas contaminadas ainda é crescente – expõe os empregados e familiares ao risco de contágio.

Importante ressaltar que o teletrabalho tem problemas, mas, neste momento, sua continuidade é reivindicada pelas entidades representativas, pois a prioridade é a preservação da vida dos empregados. A declaração do presidente da Caixa – que afirmou que pretende estender o trabalho remoto após a pandemia por conta da eficiência que a direção da empresa atribui ao modelo – indica que a maior motivação da empresa é econômica e, não, a vida das pessoas. Se fosse com a vida, a empresa não teria determinado que parte dos empregados das áreas-meio retornassem ao trabalho presencial em plena pandemia.

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