Incoerência, seu nome é Pedro Guimarães. Em entrevista à CNN, o presidente da Caixa disse que, após a pandemia, pretende estender o trabalho remoto, por conta da eficiência que a direção da empresa atribui ao modelo de teletrabalho.

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É importante que fique claro que, no início da pandemia, as entidades que representam os empregados reivindicaram dos bancos (incluindo a Caixa) medidas que protegessem os bancários da exposição ao novo coronavírus.

Neste sentido, na Caixa, ficou definido que quase a totalidade do pessoal das áreas-meio e 70% dos trabalhadores das agências (em sistema de rodízio) ficariam no teletrabalho, de forma a manter as atividades da empresa e o atendimento presencial para dar conta dos serviços essenciais elencados pelo Decreto 10.282/20.

Por conta da situação extraordinária da pandemia, as entidades que representam os empregados da Caixa reivindicaram que não houvesse cobrança de metas neste período, além da suspensão dos descomissionamento. A Caixa atendeu às duas reivindicações.

Desde o início do mês, porém, a Caixa tem forçado o retorno dos empregados das agências a voltar ao trabalho presencial, com a retomada das metas e dos PSIs. Nas áreas-meio, foi mais explícita: sem qualquer justificativa, necessidade ou planejamento, determinou a volta de parte das equipes ao trabalho presencial.

O teletrabalho tem problemas, mas, neste momento, sua continuidade é reivindicada pelas entidades representativas pois a prioridade é a preservação da vida dos empregados. A declaração do presidente da Caixa indica que a maior motivação da empresa é econômica, e não a vida das pessoas. Se fosse com a vida, a empresa teria tomado atitudes diferentes das citadas acima.

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