O 34º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), ocorrido na última semana, foi marcado por intensos debates e a aprovação da pauta de reivindicações dos empregados do banco nesta Campanha Nacional 2018. Os principais itens são a defesa da Caixa 100% pública, da Funcef, do Saúde Caixa, da democracia e por nenhum direito a menos. A pauta da categoria bancária será entregue nesta quarta, 13 de junho.

O Conecef foi realizado em São Paulo entre os dias 7 e 8, com a presença de 312 delegados de todo o Brasil, representando empregados da ativa e aposentados. O encontro é o mais importante fórum de deliberação dos empregados da Caixa e, além da pauta de reivindicações, aprovou duas moções de repúdio: uma contra os representantes do governo no Conselho de Administração do banco, por entender que sua atuação (em especial a da presidente Ana Paula Vescovi) objetiva enfraquecer o papel social da instituição. E, a outra, em repúdio à indicação política do presidente da Funcef, Carlos Vieira, por aliados de Michel Temer.

Conferência nacional – Delegados e delegadas dos empregados da Caixa e de todos os demais bancos também participaram da 20ª Conferência Nacional da categoria bancária na semana passada. Foi a primeira após a entrada em vigor da reforma trabalhista (em novembro do ano passado). Os principais itens em debate foram a necessidade de se reforçar a defesa dos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e da categoria, ameaçada pelos novos tipos de contratos previstos na lei (terceirização irrestrita, trabalho intermitente, autônomo, hipersuficiência).

Na plenária final, no domingo, 10, 627 delegados e delegadas aprovaram a pauta de reivindicações da campanha nacional 2018 que chegará às mãos da Fenaban nesta quarta, 13. Além dos itens específicos para garantia de direitos, ela prevê reajuste da inflação mais aumento real de 5% para salários e demais verbas, além de uma cláusula para que as novas modalidades de jornada e contratações da lei trabalhista só possam ser feitas por meio de negociação com o Comando Nacional dos Bancários.

Como o princípio da ultratividade derruba a garantia de validade de um acordo coletivo até a assinatura de outro, os bancários também aprovaram a entrega, à Fenaban, de um pré-acordo que garanta a ultratividade da CCT até a assinatura de uma próxima – a atual expira em 31 de agosto. Assim, todos os direitos estariam resguardados até o final da negociação com os bancos.

“Para nós, empregados da Caixa, a defesa da empresa 100% pública soma-se à luta por mais contratações e contra a precariedade das condições de trabalho. Para toda a categoria bancária, é fundamental garantir direitos e emprego e, nacionalmente, temos o embate contra a reforma da Previdência e a defesa da democracia, sem a qual nenhuma reivindicação é possível. Essa será uma campanha atípica, e temos que estar preparados e fortalecidos em nossa organização”, destaca a representante dos empregados no CA, Rita Serrano.

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