A boa notícia do restabelecimento da margem consignável no Credplan não durou muito. No mesmo dia 25 de fevereiro, sexta-feira, os participantes receberam com frustração outra decisão da diretoria da Funcef – o aumento da taxa de juros para novos empréstimos.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, lamentou a decisão. “Os últimos resultados mostram que o Credplan é um dos segmentos de maior rentabilidade na Funcef. O aumento da taxa de juros é, no mínimo, injusto com os participantes. Sabemos que é preciso preservar a sustentabilidade da carteira, mas não aumentar juros para ter lucro com esta operação”, avaliou.

Segundo a Funcef, “as novas alíquotas já estão valendo para novos contratos e refletem a trajetória de alta da taxa básica de juros (Selic)”. Para a modalidade Credplan variável, para amortização em 24 meses, a menor taxa subiu de 4,96% para 6,5% ao ano + INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). No Credplan fixo, até 12 meses, a taxa vai passar de 11,13% para 12,44% ao ano. Para o Credplan 13º salário, a taxa de juros anual é pré-fixada em 14,39%; a mensal, 1,13%. (Veja mais nas tabelas abaixo).

O desempenho do segmento tem superado a meta atuarial desde 2018. Naquele ano, alcançou rentabilidade de 13,07% diante de uma meta atuarial de 8,09%. Em 2019, com meta de 9,18%, atingiu 11,52%; em 2020, operações com participantes rendeu 11,25% acima da meta de 10,19%. O balanço de 2021 ainda não foi divulgado pela fundação; no entanto, no acumulado até setembro, o segmento teve rentabilidade de 12,61%, superando a meta de 10,81%.

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Confira a tabela divulgada pela Funcef com os aumentos em todas as modalidades de empréstimo:

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