Edição: 97
Crédito curto, taxa de juros elevada. A receita transforma empreendedores, antes potenciais investidores, em aplicadores financeiros. Do parafuso ao papel, para que se arriscar comprando máquinas e fabricando produtos que não se sabe se serão vendidos? A produção industrial brasileira cresceu 0,5% em setembro na comparação com o mês anterior, destacaram algumas manchetes. No entanto, acumula queda de 8,8% em doze meses. Os dois segmentos mais atingidos são bens de consumo duráveis, menos 21,2%, e bens de capital, menos 19,8%. O primeiro depende de consumidores empregados que comprem e o segundo de empreendedores confiantes, ambos minguando no cenário brasileiro.

Dinheiro extra na economia

Estudo do DIEESE (http://www.dieese.org.br/notaaimprensa/2016/decimoTerceiroSalario.pdf) conclui que, até o final, do ano, a economia brasileira receberá aporte de R$ 197 bilhões, montante equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB). É o dinheiro do décimo terceiro, que alcança 49,7 milhões de trabalhadores com contrato formal, além de 34,5 milhões de beneficiários do INSS. O valor médio é de R$ 2.192,25. Considerados trabalhadores, exclusivamente, adicional médio de R$ 2.723,02; se aposentados e pensionistas, R$ 1.764,62. Aí vem alívio para dívidas e, quem sabe, algum alento para o comércio.

Desemprego em alta

A taxa de desemprego continua muito elevado. Das regiões metropolitanas pesquisadas pelo Dieese, o índice de Salvador, quase grego, é o que mais espanta: um quarto da população economicamente ativa está desempregada. Embora na comparação setembro deste ano em relação ao mês anterior, os índices, nas regiões, tenham se mantido praticamente iguais, a elevação do desemprego em 12 meses de mostra muito acentuada.

>> Saiba mais http://www.dieese.org.br/analiseped/2016/201609pedsintmet.pdf

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