Edição: 75
Maurício Macri assumiu a presidência da Argentina em dezembro de 2015 e, com ele, o neoliberalismo. Neoliberalismo, como se sabe, é o privado sagrado e o estatal maldito. Receita de sempre: equilíbrio fiscal por meio do corte de despesas públicas. Em seis meses de Macri, perderam seus empregos mais de 150 mil trabalhadores, segundo a rede Telesur. Em média, tarifa de água foi elevada em 375% e a de gás, 300%. Entre as iniciativas de Macri, contratação de empréstimo no exterior para quitar dívidas, não reconhecidas por governos anteriores, junto a agentes externos. Foi a alegria dos chamados “fundos buitres”. Pesquisa mencionada pelo jornal “Página12” dá a dimensão do aperto no sul.

PIB em queda

A segunda gestão Dilma adotou, sob o comando econômica de Joaquim Levy, políticas neoliberais. Mais do mesmo: corte de despesas públicas, redução na oferta de crédito, taxa básica de juros elevada. Efeito de 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sofreu, em quatro trimestres encerrados no primeiro trimestre de 2016, redução de 4,7%. O encolhimento da agropecuária foi de 1%, o da Indústria, 6,89%, e o do comércio, 3,2%. Sob a ótica da demanda, caíram consumos das famílias e de governo, além da formação de capital (investimentos). A desvalorização da moeda brasileira proporcionou maior volume de exportações e queda nas importações.

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Segundo ano em queda

É provável que 2016 seja um ano de queda do produto, embora em porcentual inferior ao de 2015. Economia contraída, não há, no entanto, indicativo de que a taxa básica de juros (SELIC) seja reduzida significativamente pelo Comitê de Política Econômica (COPOM) ao longo do ano. Analistas esperam que ela se situe, em dezembro de 2016, em 12,8% (atualmente 14,25%). A redução incentivaria o consumo, consequentemente a produção, dada a rentabilidade menor em aplicações financeiras e menor custo de financiamentos e empréstimos. A ver.

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