Edição: 74
Em 2015, a Fazenda de Joaquim Levi optou pela receita neoliberal de contração econômica: mais juros, menos empréstimos e financiamentos, redução do consumo. Deu no que deu: caiu o saldo da movimentação celetista (diferença entre contratados e demitidos), diferentemente do que ocorrera em anos anteriores. A visão neoliberal, que é focada em favores à iniciativa privada, em concorrência predatória ou não, e redução ao mínimo da ação do Estado, valoriza a reserva de mão de obra. Mais gente na fila de desempregados, menor o custo da contratação. Levy foi uma amostra, a considerar o que se anuncia com Henrique Meirelles.

>> Clique aqui para ler nota do Dieese intitulado "Impactos da recessão econômica
e do ajuste fiscal sobre o mercado de trabalho no Brasil".

 

Nível ocupacional

O número de empregados caiu em 2015, especialmente no setor privado com carteira de trabalho assinada. O emprego industrial, que se reduziu em 1,5 milhão em 2015 é o mais afetado. Serviços e Comércio, somados, contribuíram com saldo positivo, mas de apenas 74 mil. No setor privado houve crescimento do emprego doméstico e, dada a redução do emprego, o trabalho por conta própria.

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e do ajuste fiscal sobre o mercado de trabalho no Brasil".

Bancários: remuneração fixa cai em proporção à variável (*)

Estudo do DIEESE Rede Bancários indica que a remuneração dos bancários vem alterando sua composição. Perde espaço a remuneração fixa direta, que soma salários, décimo terceiro, anuênio, gratificações, e cresce a remuneração variável. Mantém-se relativamente estável a remuneração fixa indireta – auxílios alimentação, creche, refeição. Cresce a remuneração variável, baseada na participação em lucros e resultados. Naturalmente, custos menores para as instituições financeiras e, para os trabalhadores, renda condicionada a metas e não incorporada quando da aposentadoria.

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