Edição: 50
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) anunciou ontem, 21 de outubro, sua decisão de manter a taxa básica de juros da economia brasileira em extravagantes 14,25%. Assim, ante expectativa de inflação do mercado financeiro de 6,27%, para o acumulado nos próximos 12 meses, o rentismo terá ganho real de 7,51%, navegando na SELIC e sem produzir absolutamente nada. Sofre a atividade econômica do país, com a redução da oferta e encarecimento do crédito. PIB esperado para 2015, menos 3%; PIB para 2016, menos 1,22%. É a receita monetarista: menos produção, menos renda, enfim, menos tudo, exceção aos juros.

>> Saiba mais em http://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20151016.pdf

Menos tudo II

O “menos tudo” mencionado acima envolve o mundo do trabalho ou, no caso, da falta dele. Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE divulgada na quinta-feira 21 indica desocupação em setembro de 2015 igual à de agosto, 7,6%, mas muito acima da observada no mesmo mês de 2014, então em 4,9%. Nestes números constata-se o resultado prático da política econômica de austeridade ou, mais precisamente, “austericídio”. Desempregado não dispõe de renda para consumir. Reduzida a procura, a teoria neoliberal espera que caiam os preços. É o equilíbrio pela miséria.

>> Saiba mais em ftp://ftp.ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Mensal_de_Emprego/fasciculo_indicadores_ibge/2015/pme_201509pubCompleta.pdf

Menos tudo III

Taxa de juros nas alturas, produção em queda, desemprego crescente. O que, a partir daí, acontece com a renda? Acerta quem responde que cai. Na mesma Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE informa-se que a renda média habitual da população ocupada em setembro de 2015 alcançou R$ 2.179,80. O valor é 4% inferior ao do mesmo mês de 2014, então em R$ 2.278,58. É a primeira vez desde 2005 que há queda nesse indicador para este mês.

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