Edição: 112
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD – contínua) aponta desemprego de 13,2% no país, considerada média do trimestre novembro de 2016 – janeiro de 2017. O desemprego é provocado pela recessão, em grande parte fruto dos cortes de financiamentos e investimentos. Essa receita, dita contracionista, é a base neoliberal de combate à inflação. A esse propósito, Relatório de Inflação do Banco Central (março/17) registra “recuo consistente com a continuidade do processo de distensão do mercado de trabalho e arrefecimento das operações de crédito”. Em outras palavras, 13,5 milhões de trabalhadores desempregados.

Trabalhadores perdem renda

Quando sobra mão de obra se reduz o valor que o contratador se dispõe a pagar, se contratar. Também se reduzem os reajustes salariais daqueles que ainda se mantêm empregados. Segundo pesquisa do DIEESE relativa a reajustes salariais em 2016, dos 714 acordos ou convenções coletivas monitorados, 135 – 18,9% dos casos – alcançaram reajustes acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), outros 317, 44% do total, apenas o índice e em 262, 36,7% dos casos, menos que o índice. Em 2014, por exemplo, reajustes acima do INPC haviam sido registrados em 90,4% dos casos.

Subiu e caiu

A PNAD Contínua (IBGE) também registra queda no valor do rendimento médio habitualmente recebido, considerados todos os trabalhos. Na série 2012 -2016, média observada no último trimestre de cada ano, o maior valor ocorreu em 2014, R$ 2.103,00. Em 2016, R$2.057,00, perda real de 2,19%.

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