O Conselho de Usuários do Saúde Caixa realizou sua última reunião do ano nesta quarta-feira (13), em Brasília. Ao contrário do previsto, a Caixa não apresentou o relatório atuarial anual de 2017, sob a alegação de que ainda estão contratando a consultoria que realizará a avaliação. 

“Chegamos ao final do ano tendo conhecimento parcial das informações financeiras do plano, especificamente até setembro/17. E com o agravante, os números apresentam diversas pendências de ordem operacionais. Não é possível gerir um plano de saúde assim. Se a Caixa não tem essas informações apuradas, é preocupante, se tem e não compartilha no Conselho de Usuário, é um desrespeito”, afirma a conselheira eleita Ivanilde Moreira.

Os conselheiros eleitos questionaram os representantes da Caixa sobre a regularização da cobrança de mensalidades e coparticipação, para que esses recursos não deixem de compor adequadamente os resultados financeiros. “Antes de qualquer aferição sobre a situação financeira do Saúde Caixa, é preciso que a gestão lance todos os valores de coparticipação, que compõem o custeio do plano”, explicou o assessor dos conselheiros eleitos, Plínio Pavão.

Diante da insistente cobrança por transparência, os representantes do banco comprometeram-se a apresentar os números na próxima reunião, prevista para 21 de março de 2018. 

Também foram discutidos o funcionamento da central de atendimento e do atendimento aos usuários nas Gipes. Os eleitos solicitaram apresentação sobre a nova estrutura de filiais, uma vez que a imposição dessa mudança impactou diretamente no atendimento às demandas dos usuários, pois a redução expressiva de empregados que atuam diretamente na estrutura do Saúde Caixa nessas gerências foram drasticamente afetadas por esta reestruturação. Os representantes da Caixa se comprometeram com a apresentação pela gerência nacional responsável da nova modelagem das gerências de filiais.

Até o momento todas as mudanças têm apresentado um número elevado de reclamações e insatisfação por parte dos usuários. Se por um lado ampliaram-se os canais de acesso, por outro, evidenciou as falhas de planejamento, bem como a falta de comunicação adequada, esclarecedora  e tempestiva, que evitasse os inúmeros transtornos que os usuários têm passado. “Estamos atentos. As dificuldades operacionais não podem causar transtornos às famílias atendidas pelo plano”, afirma a conselheira Ivanilde.

Caixa não confirma inclusão de teto para custeio – Além dos diversos pontos debatidos sobre as questões financeiras, assistenciais e operacionais do plano, os conselheiros eleitos questionaram se na última reunião do Conselho de Administração em que foi debatida a alteração estatutária, foi incluído o teto de gastos para o custeio do Saúde Caixa. Os representantes do banco disseram não ter confirmação sobre o assunto. Segundo eles, não há posicionamento oficial sobre eventual resolução emitida na última reunião do CA.

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