Edição: 98
O Índice do Custo de Vida (ICV) do DIEESE acumulado de novembro de 2015 a outubro de 2016 foi de 7,63%. O ICV estima variação de preços no município de São Paulo considerados três estratos da população, segundo seu poder de consumo (Tabela 1). A faixa de menor renda, com inflação de 8,53%, sofreu mais, especialmente pelo crescimento de preços em Alimentação, 13,19%, grupo cujo peso no orçamento é tão maior quanto menor for a renda familiar.

Saiba mais em http://www.dieese.org.br/analiseicv/2016/201610analiseicv.pdf

IPCA acima da meta

O IBGE divulgou em 9 de novembro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência para a política de metas de inflação adotada por governos brasileiros desde 1999. De novembro de 2015 a outubro de 2016 o índice acumulado foi de 7,87% ante centro da meta em 4,5%, com tolerância a 6,5%. Dos nove grupos de produtos e serviços da cesta de consumo que, ponderados, definem o índice geral, três se situam acima: Alimentação, 12,39%; Saúde e Cuidados Pessoais, 11,35%; e Educação, 9,2%. Os demais grupos ficaram abaixo do índice geral.

IPCA acima da meta, mas a tendência é de queda

No acumulado a cada 12 meses, O IPCA está se reduzindo desde janeiro de 2016 (Gráfico 2). Outra variável macroeconômica fundamental, o Produto Interno Bruto, marcou negativo de 3,8% em 2015 e terá resultado muito ruim em 2016, se confirmada estimativa de menos 3,2%. No país faltam empregos, faltam investimentos público e privado, o crédito encolhe. Em alta, como sempre, o ganho real proporcionado pela taxa básica de juros. Com esse cenário para inflação e PIB, quem sabe o Comitê de Política Monetária reduza a SELIC em sua próxima reunião (30/11/2016). A ver.

Compartilhe: