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Protesto na Praça da Sé 

Milhares de trabalhadores das mais diversas categorias profissionais cruzaram os braços em todo o País na sexta-feira, dia 29, no Dia Nacional de Paralisação contra a terceirização, as MPs 664 e 665 e o ajuste fiscal e em defesa dos direitos e da democracia.
 
Bancários, metalúrgicos, professores, químicos, funcionários públicos, condutores de ônibus, petroleiros e várias outras categorias uniram-se contra o retrocesso na pauta dos trabalhadores. 
 
O foco principal foi o combate ao projeto de lei que libera a terceirização indiscriminada, o PLC 30/15. O texto, que está em tramitação no Senado, ameaça direitos conquistados há décadas pelos trabalhadores. 
 
Além da PL da terceirização, os atos do dia 29 protestaram contra a aprovação da medida provisória 665, que restringe o seguro-desemprego, e parte da medida provisória 664, que limita o acesso aos benefícios previdenciários. As centrais sindicais e movimentos sociais que organizaram os atos prometem fazer uma greve geral no País caso as medidas avancem em Brasília.
 
“No setor financeiro, os terceirizados chegam a ganhar 70% menos que os bancários e alguns trabalham até 14 horas por dia”, explica o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra. “Se o texto for aprovado, o risco é grande de ver uma enxurrada de terceirização na categoria, e com isso teremos trabalhadores sem acesso a 13º salário, férias, FGTS e sem representação sindical”, alerta.
 
Protestos
 
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Representantes dos empregados conversam com bancários da Caixa na agência São Bento
 
Na capital paulista, os bancários paralisaram 117 locais de trabalho nas regiões da Avenida Paulista, centros novo e velho.  
 
Dirigentes da APCEF/SP, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, bancários e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) fizeram manifestações em frente à superintendência da Caixa, na Praça da Sé, em São Paulo, cobrando mudanças na política habitacional do governo federal. Foi entregue, ainda, documento para superintendência da Caixa pedindo pressa nas medidas para liberação da terceira fase do Minha Casa Minha Vida. 
 
Um grande ato com trabalhadores de várias categorias e integrantes dos movimentos sociais encerrou os protestos na Praça da República.
 
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Protesto em frente a agência da Caixa em Limeira
 
Interior e ABC Paulista
Em Limeira, empregados da Caixa juntaram-se a professores, servidores públicos municipais, trabalhadores do transporte urbano e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nas paralisações e atrasaram a abertura das agências.
 
No ABC, bancários saíram em passeata pela Rua Marechal Deodoro, no centro de São Bernardo do Campo, junto a metalúrgicos, e distribuíram carta aberta à população explicando os motivos das manifestações.
 
Bancários de Campinas, Jundiaí, Santos, Piracicaba, Taubaté e outras cidades do interior também paralisaram suas atividades em apoio aos protestos.
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