Em 25 de junho, dezenas de trabalhadores da área de retaguarda da Caixa no Estado reuniram-se no Centro Comunitário da APCEF/SP (Cecom), na capital, para conversar sobre os graves problemas enfrentados pelo setor.
Os empregados decidiram, nesse encontro, criar algumas ações para pressionar a direção da Caixa de forma que os problemas sejam resolvidos. “A Caixa sabe, há muito tempo, dos graves problemas enfrentados pela área de retaguarda. Mas nenhuma providência é tomada” – comentou o diretor da APCEF/SP Sérgio Soares.
Como primeira ação, os funcionários definiram quatro itens para serem aplicados imediatamente como paliativos, até que o novo Plano de Cargos e Salários (PCS)/Plano de Cargos Comissionados (PCC) seja implantado. São eles:
– enquadramento da função de supervisor de retaguarda no nível GA3 (faixa 1);
– enquadramento da função de tesoureiro no nível TA6;
– pagamento integral da quebra de caixa para todos os empregados do módulo 1;
– que não se atribuam novas tarefas à retaguarda até que o problema de falta de pessoal seja resolvido.
A fim de conseguir o envolvimento dos empregados de todo o Estado, foi criado um abaixo-assinado. Depois de recolhidas as assinaturas, a APCEF/SP pretende organizar um documento com as principais reivindicações do setor e, juntamente com esse material, encaminhá-las à Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) para discussão com a administração do banco. Todo o material deve ser entregue à CEE-Caixa em 5 de julho, terça-feira. “Esperaremos uma resposta positiva da direção do banco até o fim do mês” – comentou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.
A próxima reunião está marcada para 6 de agosto, sábado, na capital. “Vamos avaliar o andamento das negociações e definir as próximas ações, caso necessárias” – completou.

ÁREA PRECISA DE REESTRUTURAÇÃO URGENTE
Esse foi o quinto encontro da área de retaguarda organizado pela APCEF/SP. As reuniões anteriores aconteceram em agosto de 2003, janeiro, março e setembro de 2004.
Os principais problemas apontados pelos empregados são:
– não-reconhecimento do supervisor como gerente, sendo que possui funções semelhantes sem receber salário compatível;
– falta de pessoal: demanda de trabalho muito grande para poucos empregados, não há planejamento para cobertura de férias ou licenças;
– jornada de oito horas;
– não-marcação da jornada de trabalho do supervisor no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon): freqüentemente, o empregado extrapola a jornada de oito horas, sem receber extras por isso;
– espaço, maquinário e equipamentos de segurança inadequados;
– não-reposição dos trabalhadores terceirizados por empregados concursados.
Em janeiro de 2004, a APCEF/SP elaborou, como resultado dos primeiros encontros, um dossiê com os principais problemas apontados pelos empregados e com propostas para a área.
O documento foi entregue, em 16 de janeiro daquele ano, para a diretoria da Caixa. Mas, até agora, nada foi feito.

Para obter uma cópia do abaixo-assinado, clique aqui e imprima o documento

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