A coordenação da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, a Fenae, a Fenag e a representante eleita pelos empregados para o Conselho de Administração da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, se reuniram com o banco, na última sexta-feira (30), para tratar da situação das cerca de três mil telefonistas terceirizadas que prestam serviços nas unidades da Caixa em todo o país.

Após forte pressão das entidades, a Caixa confirmou que não haverá demissões até o final do ano. Além disso, o banco oferecerá cursos de requalificação para que, a partir de 2026, conforme os contratos forem vencendo, essas profissionais possam ser realocadas dentro da própria instituição ou em outras empresas. Serão priorizadas as trabalhadoras com filhos com deficiência, próximas da aposentadoria ou em situação de vulnerabilidade.

Desde o anúncio da possibilidade de encerramento dos contratos, a CEE/Caixa atuou em diálogo constante com as profissionais e com outras entidades que representam categorias terceirizadas. As articulações conseguiram suspender as demissões inicialmente por 30 dias. Agora, com a renovação dos contratos que vencem ainda este ano, a medida representa uma vitória coletiva e significativa para a categoria.

Para o diretor de Imprensa da Apcef/SP, Edvaldo Rodrigues, essa conquista mostra a importância da união e da representatividade. “Foi a mobilização coletiva que garantiu esse avanço. A luta das entidades e o apoio dos empregados mostraram, mais uma vez, que a organização faz a diferença na defesa de direitos, mesmo quando falamos de trabalhadoras terceirizadas. Não se trata apenas de preservar empregos, mas de reconhecer trajetórias e garantir dignidade”, afirmou.

Diálogo e transparência
Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, “a Caixa precisa manter, sempre, essa postura de diálogo com os trabalhadores e suas entidades de representação, sejam bancários ou de serviços terceirizados. Ainda mais em um caso como esse, que poderia levar mais de três mil pessoas ao desemprego”.

“É bom que existam espaços democráticos, como a mesa de negociações, para tratar de questões que envolvam os trabalhadores”, disse Fabiana Uehara Proscholdt.

É no Conselho de Administração que são definidas as questões estratégicas da Caixa. “E é lá que eu defendo a valorização dos trabalhadores, o respeito às suas entidades de representação e associativas, o investimento em infraestrutura e a manutenção do caráter público do banco e sua atuação voltada ao social, de atendimento à população brasileira e fornecimento de crédito com taxas justas para quem mais precisa”, explicou Fabiana.

Compartilhe: