Do Valor Econômico

A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, fechou o ano passado com rentabilidade acima da sua meta atuarial. Os ativos da instituição apresentaram rendimento médio de 16,4%, superando o objetivo do fundo, de 12,32%, vinculado à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 5,5%.
De acordo com o presidente da entidade, Guilherme Lacerda, o fundo teve uma rentabilidade acima da maioria das outras instituições e superou a meta mesmo em um ano com desempenho apenas mediano das ações negociadas na bolsa de valores. "Nosso resultado em 2010 foi muito positivo. Batemos a meta de longe", afirmou Lacerda.
O principal ativo da entidade foi o investimento em imóveis. Os quase R$ 3 bilhões aplicados em shoppings centers, hotéis e fundos de investimento imobiliários atingiram uma rentabilidade de 19% no ano passado.
Com patamar equivalente de retorno, também de 19%, os recursos alocados em empresa por meio de fundos de investimentos em participação (FIP) também contribuíram para o resultado positivo da Funcef. Nesse segmento estão as participações em empresas como Vale e a Invepar.
Já o crédito privado, composto por debêntures e cédulas de crédito bancário (CCB) rendeu 16% à Funcef. Os títulos públicos fecharam com rentabilidade de 14% ao longo de 2010. Já os cerca de R$ 5 bilhões aplicados em ações tiveram retorno de 8%, superior ao valor do Ibovespa no ano passado.
Os ativos totais da Funcef atingiram R$ 43,774 bilhões, variação de 12,63% sobre o patamar de 2009. A Funcef acumulou no ano um superávit de R$ 653 milhões, inferior ao resultado de 2009, que havia sido de R$ 2,261 bilhões. O superávit acumulado atingiu R$$ 475 milhões.
Para 2011, Lacerda acredita em um ano ainda melhor, dado que a crise de 2008 ficou para trás. "Temos investimentos em empresas que ainda não deram resultados, mas que podemos começar a desinvestir a partir desse ano", disse o executivo.
Entre essas aplicações está o Fundo Brasil Energia, iniciado em 2004, com investimentos em linhas de transmissão e usinas termelétricas. "Ainda vamos discutir as formas de saída, mas a venda pode ser uma delas", afirmou.
O pacote de crédito de longo prazo lançado pelo governo para estimular o financiamento de investimentos também deve ser uma opção para este ano, com novas emissões de debêntures.

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