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Na Caixa, os boatos sobre reestruturação ultrapassaram as paredes das unidades e estão sendo divulgados pela grande Imprensa já como fato.

O “estranho” é que, há menos de um mês, no útlimo dia 15, em rodada de negociação permanente com a direção da Caixa, ao ser questionada sobre o assunto pela representação dos empregados, a empresa negou que qualquer tipo de reestruturação estivesse em andamento.

“Mais uma vez a direção do banco peca pela falta de transparência e respeito com seus empregados”, afirmou o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto. “Em meio a um cotidiano tenso, com sobrecarga de serviço e falta de condições de trabalho, os empregados ainda têm de lidar com ‘boatos’ que podem alterar o seu dia a dia profissional e até pessoal”, comentou o dirigente da Associação.

Para o diretor-presidente da APCEF, a direção da Caixa tem de garantir, acima de tudo, que qualquer tipo de reestruturação não traga prejuízos para os empregados.

Ofício ao presidente
– diante da grande repercussão que o assunto tem gerado, em especial, entre os empregados, a Fenae e as APCEFs encaminharam, em 31 de janeiro, um ofício ao presidente da Caixa, Jorge Hereda, pedindo esclarecimentos sobre o eventual processo de reestruturação do banco – que passa pela criação de duas novas vice-presidências e dez diretorias, além de alterações nas áreas-meio.

A representação dos empregados solicitou, ainda, que uma reunião com a presidência seja agendada o mais breve possível para tratar pessoalmente do assunto.

“Esperamos esclarecer todos os pontos, afinal, é de interesse dos empregados e da população saber qual o rumo que essa diretoria está dando à Caixa”, finalizou Sérgio Takemoto.

Íntegra do ofício

A Jorge Hereda
Presidente da Caixa Econômica Federal

Assunto: proposta de reestruturação de pessoal e das filiais

A notícia da implantação de processo de reestruturação de pessoal e das filiais, sem qualquer negociação prévia com os empregados e com as entidades representativas, tem causado apreensões nas unidades da empresa em todo o Brasil. Essas preocupações provêm, principalmente, do clima de incertezas de como isso se dará e de como ficarão os trabalhadores atingidos.

Há muitas conversas Brasil afora sobre a existência de uma proposta de mudança no modelo de funcionamento das filiais, e os boatos tendem a aumentar na medida em que não existe informação oficial a respeito do assunto. Essa situação precisa ser imediatamente esclarecida, de modo a evitar a ocorrência de caos na vida profissional e pessoal dos trabalhadores lotados nos diversos setores do banco. Os empregados não podem ser deixados diante de um futuro incerto.

É comum ocorrerem medidas de reestruturação em uma empresa com a idade, o tamanho e a importância da Caixa. O que surpreende, agora, levando-se em conta ser o atual contexto político completamente diferente de gestões anteriores na Caixa, quando medidas de realocação eram implantadas sem maiores cuidados com os empregados, é a maneira como essas mudanças são adotadas.

Agora, cabe à Caixa manifestar coerência com seus princípios. Isto, aliás, só será possível com transparência da gestão e diálogo com todos os envolvidos nesse processo e seus representantes. É preciso que a direção do banco reconheça e valorize todos os seus empregados.

Diante das razões expostas, vimos solicitar o agendamento de uma reunião com a urgência necessária. Essas eventuais mudanças, até mesmo noticiadas por jornais de grande circulação, precisam ser debatidas o mais democraticamente possível.

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