Nesta quarta-feira (2), a diretoria da Caixa anunciou aos empregados da rede uma nova mudança no modelo de comissionamento por venda instituído pela empresa, criando o “Programa SUPER CAIXA”. Este novo modelo aumenta a dificuldade para o empregado se habilitar ao recebimento das comissões e diminui a frequência dos pagamentos, que deixam de ser trimestrais e passam a ser semestrais.

Antes da abertura de capital da Caixa Seguridade, muitas unidades contavam com o suporte dos Assistentes de Vendas (ASVEN), contratados pela corretora responsável pela intermediação da venda de produtos. Qualquer venda registrada na matrícula do empregado da Caixa tinha como contrapartida o pagamento da comissão correspondente, paga no mês subsequente. Após o IPO, os critérios tornaram-se mais restritivos, e o prazo de pagamento foi ampliado. A atual mudança aprofunda as restrições para o pagamento.

As alterações ocorrem à margem de qualquer negociação com os representantes dos empregados e foram instituídas de forma unilateral pela administração de Carlos Vieira. A recepção dos empregados às mudanças foi extremamente negativa, já que o modelo imposto pela administração do presidente Carlos Vieira torna o pagamento das comissões ainda mais restritivo.

“Desde o final do Mundo Caixa, na gestão de Pedro Guimarães, a direção do banco instituiu um programa de pagamento de comissões por venda dos produtos da Caixa Seguridade bastante controverso. Agora, Carlos Vieira impõe uma alteração que prejudica muito os empregados. Estamos cobrando que haja uma discussão dos critérios com nossos representantes da mesa de negociação, urgentemente. Salta aos olhos o fato de que a Caixa Corretora tenha 19 empregados, tenha alcançado um lucro de quase R$ 1 bilhão no último ano, e não ofereça qualquer suporte aos empregados na rede, que, na verdade, são a real força de trabalho tanto da Caixa Corretora quanto das demais subsidiárias da Caixa Seguridade. Os empregados nas agências ficam com a pressão pelo cumprimento das metas, o trabalho e o risco, e, agora, ficam também mais longe de qualquer reconhecimento. Enquanto os parceiros privados das subsidiárias abocanham os resultados, como parasitas da estrutura da Caixa. Infelizmente, ao invés de rever o modelo implementado por Pedro Guimarães, a gestão de Carlos Vieira dobra sua aposta nele”, critica o diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

Mesa de negociação – Os representantes dos empregados cobraram da direção do banco que o assunto seja pauta de mesa de negociação com os representantes da diretoria da instituição. Clique aqui para dizer se aprova ou não as mudanças, e qual é sua opinião em relação às alterações.

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