Em 25 de novembro, quarta-feira, representantes da Caixa e dos empregados retomarão os debates dentro das negociações específicas.
Itens como pagamento do tíquete para aposentados, Plano de Funções Gratificadas (PFG), promoção por mérito e descontos dos dias parados estarão em pauta no encontro.

• Comissão de Conciliação Prévia
Depois de comunicar sua decisão de oferecer aos aposentados a opção de receber uma indenização pelo fim do direito ao auxílio-alimentação ao invés de atender às reivindicações da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e restabelecer o seu pagamento aos trabalhadores que ingressaram na empresa antes de fevereiro de 1995, aos aposentados ou aos que vierem a se aposentar, a direção do banco propõe, agora, a instalação de uma Comissão de Conciliação Prévia (CCP), que analisaria os casos e fecharia os acordos.
Para a representação dos empregados, a indenização oferecida pela Caixa é problemática, uma vez que é utilizado um cálculo baseado em tabela defasada de expectativa de vida; há diferenciação entre os empregados que ingressaram com ação judicial e aqueles que não; a proposta não contempla os trabalhadores que perderam ação na Justiça ou ainda não se aposentaram; e frustra a reivindicação de benefício mensal contínuo e extensivo aos pensionistas.
A implantação da CCP depende de negociação com a CEE-Caixa.

• Planos de Funções Gratificadas
Quando o assunto é Plano de Cargos Comissionados (PCC), agora denominado pela Caixa de PFG, existem muitos itens a serem discutidos.
Enquanto a proposta dos empregados prevê o fim do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Piso de Mercado (CTVA), com incorporação da função ao salário, a Caixa pretende, sem redução da remuneração, diminuir o número de cargos, substituir três tabelas salariais por uma única para todas as funções gratificadas e a criação de nove níveis horizontais para cada função.
Pela proposta da Caixa, o CTVA será tanto maior quanto for a progressão horizontal na carreira, que poderá basear-se em mérito e/ou tempo de serviço. “Além de não resolver a questão da remuneração e do assédio moral decorrente, a direção do banco pratica um verdadeiro desestímulo ao aperfeiçoamento profissional pressuposto na horizontalidade” – comentou a representante da CEE-Caixa, Jackeline Machado.
A representação dos empregados deve levar à discussão, ainda, a questão dos critérios para os Processos Seletivos Internos (PSIs), assunto que tem sido evitado pela empresa nas negociações.

• Promoção por mérito
A CEE-Caixa levará à reunião reivindicações como o fim do delta zero, a adoção do método de linha de corte e a revisão do peso da avaliação da chefia para aperfeiçoamento do sistema de promoção por mérito. Também estará em discussão a manutenção da comissão paritária para acompanhar o processo.

• Desconto dos dias não trabalhados em 2007/2008
A representação dos empregados reivindica a devolução dos valores descontados em decorrência da prorrogação da greve de 2007 em Belo Horizonte, Salvador e Sergipe, e também a restituição dos descontos indevidos referentes aos dias parados na greve de 2008.
A direção da Caixa tem se recusado a discutir o assunto.

• Muito para conquistar
Para o diretor-presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, a mobilização dos empregados na luta por melhores condições de trabalho e de evolução profissional deve ser mantida durante o ano to- do.
“A Campanha Salarial deste ano acabou, mas muitas de nossas reivindicações continuam em debate nas negociações específicas. É muito importante que todos estejamos engajados e busquemos a conquista de mais direitos” – afirmou Sérgio Takemoto. “Queremos um PCC digno, a implantação da jornada de trabalho de seis horas para todos os empregados, o fim do CTVA, o estabelecimento de critérios transparentes e objetivos para o comissionamento e o descomissionamento. O sucesso da nossa luta será reflexo da participação de todos no processo de negociação” – concluiu.

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