Da Agência Fenae

Realizada no dia 15 de setembro, em Brasília, a segunda rodada de negociações na Caixa Econômica Federal entre o Comando Nacional dos Bancários, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e a Comissão de Negociação da empresa, para tratar de temas específicos da campanha salarial unificada de 2005, não registrou qualquer avanço.
A empresa não apresentou proposta para itens como Plano de Cargos e Salários/Plano de Cargos Comissionados (PCS/PCC), jornada de seis horas, isonomia dos técnicos bancários, situação dos aposentados, Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), metas e assédio moral, conforme havia se comprometido a fazer na reunião ocorrida no último dia 30, em Brasília.
Os representantes da Caixa apresentaram um proposta de reuniões para debater pontos como Sipon, plano de negócios participativos para a definição de metas e programa “Agência Segura”. Essas reuniões deverão ser agendadas até o fim do mês de setembro, sempre às 16 horas.
Durante a reunião, a Caixa informou que encaminhou proposta de estudo à Superintendência Nacional de Administração de Crédito Próprio (Supro) sobre a viabilidade da renegociação de dívidas dos empregados. Caberá a essa área apresentar em breve projeto específico sobre o assunto. A possibilidade de agregar dívidas contraídas pelos empregados em cartões de crédito também será avaliada pela empresa, conforme solicitação feita pelo Comando Nacional dos Bancários e pela CEE-Caixa.
A liberação de dirigentes da Fenae e das APCEFs com ônus para a empresa foi negada pelos representantes da Caixa, que mais uma vez alegaram não dispor de amparo legal para atender à reivindicação. Na abordagem sobre a liberação de dirigentes sindicais, o Comando Nacional dos Bancários apresentou proposta de nova sistemática para a adoção da medida, ficando a Caixa de se posicionar em breve acerca do assunto.
O Comando Nacional dos Bancários cobrou o pagamento de eventuais horas extras para todos os empregados que vierem a participar dos feirões da casa própria que a empresa está promovendo em algumas capitais, nos fins de semana. A representação nacional dos empregados frisou o entendimento de que a compensação de horas extras não está prevista em acordo coletivo.
A Caixa informou ainda que continua negociando com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sua participação na mesa geral de negociações da categoria bancária, acrescentando existir resistência dos banqueiros em aceitar a presença dos representantes dos bancos públicos federais. Não foi definida data para a próxima rodada de negociações específicas no âmbito da empresa.

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