Da Agência Fenae

A Caixa Econômica Federal fechou o primeiro semestre deste ano com lucro recorde de R$ 860 milhões. Análise feita pelo Dieese-subseção Fenae aponta que esse resultado, o maior da história da empresa para o período, foi obtido devido principalmente a operações com títulos públicos. De acordo com o estudo, os títulos e valores mobiliários representaram 57,08% das receitas de intermediação financeira, revelando um crescimento de 67,4% em comparação a igual período do ano anterior.
A intermediação financeira responde por 65,7% das receitas totais: R$ 12,8 bilhões. Também foi registrado crescimento de 17,2% no volume das operações de créditos, que é de R$ 25,2 bilhões.
Nesta carteira, de acordo, ainda, com o estudo do Dieese–subseção Fenae, houve um decréscimo de 43,7% nas operações destinadas ao setor público municipal, que reduziram de R$ 132,7 milhões para R$ 74,7 milhões. Situação inversa ocorreu com os créditos do setor público federal, que cresceram 41,8% e um montante de R$ 910 milhões, e com os do setor público estadual, que alcançaram R$ 37 milhões (11,9%).
As despesas com pessoal e outras despesas administrativas oscilaram positivamente em 8,2% e 11,7%. Com R$ 1,8 bilhões, as despesas com pessoal passaram a responder por 11,5% do total das despesas da empresa. Os créditos habitacionais ampliaram-se em 9,5%, chegando a R$ 15,2 bilhões. Vale destacar que a Caixa ainda carrega R$ 19,7 bilhões em valores residuais de contratos encerrados e a serem ressarcidos pelo Fundo de Compensação das Variações Salariais (FCVS).
De acordo com o Dieese–subseção Fenae, a Caixa finalizou o primeiro semestre de 2003 com um avanço de 6,1% no total de pontos de atendimento. O número de empregados reduziu 1,6%, chegando a 55 mil. Isso representa, hoje, 26,5 empregados por postos de atendimento. No final deste semestre, a participação das casas lotéricas na rede de atendimento da Caixa atingiu a marca de 8.936 estabelecimentos comerciais. A empresa registra ainda, em seus balanços contábeis, 2.108 correspondentes bancários, vistos como pontos de atendimento adicional.

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