Em 22 de abril, a juíza do Trabalho Renata dos Reis D’Ávilla Calil, da 2ª Vara Trabalhista de Campinas, determinou que a Caixa substitua, gradativamente, 371 terceirizados das unidades em Campinas, Jaguariúna e Valinhos por 312 empregados concursados.
A Caixa deve contratar novos funcionários e executar a substituição até dezembro deste ano.
Há anos, representantes dos empregados lutam para acabar com a terceirização no banco.
Em 2001, o Ministério Público do Trabalho entrou na Justiça com ação civil pública e pedido de liminar contra a terceirização de atividade-fim na Caixa. Uma liminar foi concedida, em maio de 2001, impedindo novas contratações e renovação dos contratos que estavam em vigor.
Agora, a juíza de Campinas determinou que a Caixa substitua os trabalhadores terceirizados da região por empregados contratados. O diretor da APCEF/SP e do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, Jackson Blaine Medeiros, explicou que a decisão é válida para todo País.
Está marcada para janeiro de 2004 uma nova audiência na qual a Caixa deve apresentar um cronograma para o fim da terceirização.

20 mil novos trabalhadores concursados

Durante encontro em Osasco, no início de maio, o diretor de Tecnologia da empresa, Josemir Mangueira de Assis, informou que a Caixa está estudando uma forma para substituir as atividades terceirizadas e que pretende conseguir autorização do Ministério do Planejamento para contratar 20 mil novos trabalhadores por meio de concurso público.
“A Justiça, finalmente, reconheceu as contratações fraudulentas que o banco vinha realizando. Agora, as entidades representativas dos trabalhadores têm a responsabilidade de propor uma forma de substituir gradativamente os terceirizados” – comentou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.

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