O jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem na última sexta-feira, 27 de setembro, em que o diretor de relações trabalhistas da Fenabam afirma que os banqueiros não irão conceder aumento acima da inflação para os bancários e que não haverá melhora na proposta ridícula apresentada pelos bancos.
A justificativa é a desaceleração da economia, porém, nada foi falado sobre os lucros astronômicos das instituições financeiras. Mesmo com a mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, os bancos brasileiros continuam fechando postos de trabalho e utilizando a rotatividade para reduzir os salários dos trabalhadores.
Só a Caixa Econômica Federal registrou no segundo trimestre de 2013 um lucro líquido de R$ 1,8 bilhão, o que representa um aumento de 39,7% em relação ao primeiro trimestre do ano. As receitas totais atingiram R$ 45,8 bilhões, um aumento de 16,5%, enquanto as receitas com operações de crédito alcançaram R$ 20,8 bilhões, acréscimo de 25,9%. O lucro líquido do banco no primeiro semestre de 2013 foi de R$ 3,1 bilhões.
Diante dos números, os bancários não aceitam o argumento dos bancos e vão rejeitar os 6,1% de reposição da inflação e seguirão firmes na greve que hoje entra em sua terceira semana.

De acordo com o diretor-presidente da APCEF, Sérgio Takemoto, os bancos tem total condições de atender às reivindicações dos trabalhadores. “Vamos exigir que os bancos devolvam aos seus empregados parte dos excelentes resultados gerados pelos milhares de bancários que trabalham sobrecarregados para alcançar as metas abusivas impostas pelos bancos”, diz.
 

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