A reunião de delegados sindicais da Caixa na capital foi marcada por denúncias de que a falta de empregados nas unidades tem aumentado a sobrecarga de trabalho e até inviabilizando pedidos de transferências de bancários da capital para outras cidades. Os relatos foram feitos em encontro na segunda-feira 24, no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Dirigentes da APCEF/SP estiveram na reunião.

Dionísio Reis, integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), destacou durante a abertura do evento que a atuação dos delegados nos locais de trabalho é essencial para potencializar a luta por melhores condições de trabalho e na defesa do caráter público da instituição financeira.

“Essa organização deu, mais uma vez, grande exemplo de força quando começamos no início deste ano a mobilização em defesa da Caixa 100% pública. Agora temos de manter essa mesma unidade na Campanha Nacional Unificada para pressionar a direção da empresa a colocar um fim à Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), que coloca em risco conquistas históricas como a promoção por mérito e a PLR Social. E pela retomada das contratações e o consequente aumento do número de bancários por unidade", afirmou Dionísio.

O delegado sindical Antonio Macedo, da agência Aricanduva, zona leste da capital, relata que em sua unidade seriam necessários pelo menos mais seis pessoas. “A situação estava difícil, mas piorou devido às saídas por meio do Plano de Apoia à Aposentadoria (PAA). Colegas experientes deixam o banco, sem que haja reposição.”

Da mesma opinião é a representante da unidade da Vila Sônia, Cristiane Bianco. Na unidade, que fica na zona oeste da cidade, também houve redução de quadro devido ao PAA. “Uma colega de trabalho corre o risco de perder uma transferência. Ela está de mudança para outra cidade, mas não pode concluí-la enquanto não encontrar substituto para sua vaga. E isso é dificultado pela falta de convocação de concursados pelo banco”, destaca.

Houve, ainda, debate sobre o Funcef (fundo de pensão dos empregados), com análise da situação atuarial pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

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