Por Meire Bicudo – CNB/CUT

A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em 1º de outubro é composta por um índice de reajuste de 12,6%, um abono de R$ 1.500, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 650 fixos, 80% do salário e auxílio-cesta-alimentação de R$ 200.
As demais verbas e os pisos serão reajustados pelo índice de 12,6%. A Executiva Nacional dos Bancários decidiu indicar a sua aceitação nas assembléias que devem ocorrer até 9 de outubro, quinta-feira.
Nos últimos anos, as propostas dos banqueiros foram compostas de índice e abono, que contemplaram grande parcela da categoria.
Para a Executiva, a proposta é passível de aceitação pelos bancários, pois ela representa o resultado da correlação de forças do movimento. “Ao mesmo tempo em que houve um crescimento na mobilização da categoria, em função do momento político em que vivemos, não seria possível avançar mais a proposta por meio de negociações. Não é a plena vitória, mas é possível fazer um acordo neste patamar” -, destacou o presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) e coordenador da Executiva, Vagner Freitas.
O reajuste de 12,6% para os bancários com faixa salarial de R$ 1.000, somada ao abono, representa uma variação anual de 23,85%, ou seja, 5,46% acima do INPC (17,5%).
Para quem ganha R$ 2.200, o reajuste tem variação de 17,71%.
Na cesta alimentação, o reajuste foi de 22,16%, passando de R$ 163,72 para R$ 200 mensais. O auxílio-refeição será reajustado pelos 12,6%.
O reajuste sobre a parcela fixa da PLR foi de 18,18%, subindo de R$ 550 para R$ 650. Também houve mudança no salário limite, que passou de R$ 4.106 em 2002 para R$ 4,617, que significa uma variação de 12,61%. A regra básica estabelece que, os bancos que distribuam menos de 5% do lucro líquido, o valor individual deverá ser majorado até alcançar dois salários do empregado, limitando-se ao valor máximo de R$ 9.234, contra R$ 8.200 do ano passado.
O abono de R$ 1.500 e a primeira parcela da PLR, que corresponde a 40% do salário mais R$ 325, serão pagos 10 dias úteis após a assinatura da Convenção.
A segunda parcela da PLR, como nos anos anteriores, até 3 de março de 2004. As diferenças salariais e no tíquete serão pagas na próxima folha de pagamento.
Vagner lembrou que a aceitação da proposta nas assembléias não significa o fim da campanha salarial. Os bancos federais ainda não se comprometeram a cumprir o acordo e por isso continuam as atividades de pressão para fazê-los aplicar a Convenção Coletiva.
As assembléias serão convocadas pelos sindicatos. Fique atento à data, local e horário da mobilização em sua base e participe!

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