Da Contraf-CUT e Fenae

Foto: Jailton Garcia – Seeb/SP

Como forma de ampliar a mobilização e aquecer as turbinas da luta pela isonomia de direitos na Campanha Nacional 2012, empregados da Caixa Econômica Federal se reuniram em encontro nacional, no último sábado, dia 11, em São Paulo, convocado pela Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT. O evento foi deliberado no 28º Conecef, realizado em meados de junho, em Guarulhos. Participaram cerca de 100 pessoas, vindas da maioria dos Estados.
O propósito de conquistar a isonomia como exigência de valorização e respeito aos trabalhadores da Caixa e dos demais bancos públicos federais, tendo por base um forte processo de mobilização nacional, foi manifestado pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF).
Ela, que também é bancária da empresa, destacou a importância de fechar o ciclo das retaliações impetradas pelo governo FHC, "por não ser mais possível, sob qualquer hipótese, permanecer entulhos que foram construídos sob a lógica de privatização da Caixa e de outras empresas estatais".
A parlamentar, que foi presidenta do Sindicato dos Bancários de Brasília, também considerou necessária a utilização do Poder Legislativo como forma de ampliar a mobilização em torno da isonomia, sendo este um desafio para corrigir as injustiças.
Uma das ideias é promover audiências públicas no âmbito das comissões temáticas do Congresso Nacional. É considerado relevante ainda envolver nesse debate lideranças políticas nos Estados. Outra atividade aprovada foi a realização de encontros regionais de isonomia em todo o País.
As propostas de ações discutidas no encontro nacional de isonomia serão encaminhadas para apreciação do Comando Nacional dos Bancários. Uma das principais é a realização de um Dia Nacional de Luta durante a Campanha 2012, assim como uma marcha a Brasília com outras categorias em luta.
Também será encaminhada ao Comando a proposta de criação de um comitê permanente de isonomia das empresas estatais. Há, nesse caso, o entendimento de que o fortalecimento das empresas públicas é condição "sine qua non" para a consolidação de um projeto nacional de desenvolvimento.
A orientação para as entidades sindicais é de divulgação de materiais específicos sobre isonomia, a exemplo de cartilhas, adesivos etc. Também será priorizada a realização de encontros regionais e de campanhas nas mídias sociais, como forma de oferecer suporte à reivindicação por isonomia em mesa de negociação específica da campanha salarial deste ano.
A avaliação é de que, diante das circunstâncias, a luta por isonomia na Caixa e nos demais bancos públicos federais será longa e cheia de desafios. Fica daí a certeza de que os trabalhadores precisam trilhar vários caminhos para viabilizar a conquista por igualdade de direitos e benefícios entre novos e antigos empregados, com destaque, no caso da Caixa, para itens como licença-prêmio e Adicional por Tempo de Serviço (ATS) ou anuênio.

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