Empregados e trabalhadores terceirizados do prédio do Brás da Caixa Federal estão parados nesta sexta-feira, dia 16, contra a atitude antidemocrática da direção da instituição financeira, que ajuizou dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na noite de quinta-feira, dia 15. Há 23 dias, os empregados da Caixa permanecem em greve, lutando por avanços nas negociações pela Campanha Nacional 2009.

No prédio do Brás funcionam departamentos importantes como o Gisut, que é responsável pelo serviço de internet e autoatendimento em São Paulo, e o Ceopi, que cuida da tramitação de processos de concessão de financiamento habitacional. Os dois departamentos ficaram parados nesta sexta.

“A luta dos bancários é legítima e o motivo da mobilização é a falta de condições para trabalhar com dignidade. Faltam empregados, prejudicando diretamente a população e gerando o acúmulo de trabalho que leva os bancários ao adoecimento”, diz a diretora do Sindicato e funcionária da Caixa Federal Jackeline Machado.

Cerat – Os terceirizados do Cerat, telemarketing da Caixa, engrossaram a mobilização, atrasando a entrada até 12h. O ato abrange, além de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Salvador e Fortaleza. “Os trabalhadores do Cerat não possuem nem cadeira adequada para sentar. Os móveis são inadequados e as condições de trabalho, ruins. Viemos dialogar com esses funcionários. Um trabalhador tem todo direito de cruzar os braços diante de situações como esta”, diz Jackeline.

 

Cançado volta a atacar

Sérgio Cançado, superintendente da Caixa Econômica Federal da região do Ipiranga, em São Paulo, já é conhecido pela fama de assediador. Novamente confirma a regra e, em plena greve, está tentando obrigar os gerentes a ir para feirões durante o fim de semana.

“Cançado, mais uma vez, tenta usar a pressão contra os trabalhadores. Deveria usar toda essa energia para ajudar a pressionar a direção da Caixa a fazer uma proposta decente aos seus empregados”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “É devido a esse tipo de pressão que os trabalhadores estão parados. A Caixa precisa contratar mais para melhorar as condições de trabalho, e não fazer assédio moral para forçar os empregados a extrapolar horário e funções”, completa.

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