A primeira reunião do grupo de trabalho paritário, que trata do caixa-minuto e debate as formas de aprimoramento do Manual Normativo RH 184, aconteceu na sexta-feira, dia 25, em Brasília.

A suspensão da designação por minuto na função de caixa é a exigência dos empregados à direção do banco.

Desde 1º de julho, a empresa determinou que as nomeações de caixa só ocorreriam por minuto, com a justificativa de reestruturação de processos.

As consequências desta ação são os eventuais prejuízos financeiros e profissionais que recaem nos empregados que exercem a função por minuto ao assumirem as responsabilidades e riscos da função de caixa.

Eventuais prejuízos são potencializados pelo fato destes empregados não estarem focados no exercício das atividades inerentes à função, além disso, a prática cotidiana é afetada pelo não exercício pleno da função. Em uma única operação podem perder mais que sua própria remuneração.

Intenção da Caixa – É evidente que a direção da Caixa visa a redução de empregados no banco público, que se relaciona à política de redução de custos.

“O debate do tema com a direção da Caixa, em grupo de trabalho paritário, trata-se de uma oportunidade importante para debater a decisão que foi tomada unilateralmente pela direção da Caixa. Vamos defender a função de caixa por sua natureza técnica, a não precarização e diluição das responsabilidades e pelo não prejuízo financeiro transferido aos empregados”, afirma o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra.

Intransigência da Caixa – A direção do banco argumentou durante a reunião desta sexta-feira, 25, que para a empresa o importante é que os trabalhadores estejam livres para sair do guichê e fazer negócios.

A direção do banco alega que com as novas tecnologias houve queda na demanda do trabalho dos caixas e que houve aumento do atendimento em lotéricas, correspondentes bancários e caixas eletrônicos. Tudo isso para justificar a queda na demanda de trabalho e a extinção da função.

Em contrapartida os empregados continuam denunciando que há pressão nas agências para que a população seja ‘empurrada’ a outros canais de atendimento.

A Caixa contava com mais de 13 mil empregados com a função de caixa, no novo formato proposto – o caixa-minuto – este número já reduziu, em três meses, para 12.800 empregados. Em queda livre, a função que já foi extinta, já que a Caixa publicou em circular este ano que estão suspensas novas nomeações de caixas efetivos.

A próxima reunião do grupo de trabalho está marcada para quarta-feira, dia 30.

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