Empregados da Caixa na capital e no interior de São Paulo demonstraram, no último dia 20, Dia Nacional de Luta, indignação com as decisões tomadas pela direção da empresa nos últimos dias.

Sobrecarga e péssimas condições de trabalho, assédio moral, cobrança por metas abusivas, extinção da função de caixa, corte do pagamento do adicional de insalubridade aos avaliadores de penhor, ameaças aos tesoureiros e técnicos bancários, além de alteração nas condições da incorporação de função, são algumas das posturas conduzidas pela nova gestão do presidente da Caixa, Gilberto Occhi.

Em menos de dois meses, tem promovido verdadeiro desmonte. A direção está determinada a colocar em prática o projeto neo- liberal do governo interino de Michel Temer, que defende que se deve "privatizar tudo o que for possível". 

Fim da insalubridade para avaliadores de penhor

Um desses ataques diz respeito aos avaliadores de penhor. O fim do pagamento do adicional de insalubridade foi anunciado pela Caixa em 5 de julho. Alegam que laudos de empresas contratadas consideraram que o ambiente em que se manipulam produtos químicos pelos avaliadores não apresenta risco à saúde e que, portanto, não têm direito ao correspondente a 40% do salário mínimo (R$ 352).

“Somos favoráveis à eliminação da insalubridade, mas essa não é a realidade da Caixa”, explica a secretária de Saúde da APCEF/SP, Cláudia Fumiko Tome. "Os avaliadores manipulam produtos químicos reagentes e as instalações de aeração são precárias, por isso, lutamos pela continuação do pagamento", destacou.

Caixa recua e estende pagamento por 90 dias

Graças à pressão dos trabalhadores em várias atividades e manifestações de indignação, a Caixa prorrogou por 90 dias o pagamento do adicional de insalubridade aos avaliadores de penhor. O anúncio foi feito no dia 18, em resposta a ofício entregue pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

Encontros em São Paulo

Os avaliadores de penhor reuniram-se no dia 19, em São Paulo, para discutir as medidas que foram tomadas após o início da mobilização contra o corte do adicional de insalubridade. O encontro foi uma continuidade da reunião ocorrida no dia 6 e foi realizado na regional Paulista do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Também estava agendado para 23 de julho, encontro de tesoureiros e caixas em São Paulo.
O encontro visava discutir os problemas que os tesoureiros estão enfrentando ao serem enviados para agências, atribuições e extinção da função de caixa.

Mais pressão

Um novo Dia Nacional de Luta está sendo proposto pelas entidades representativas dos empregados no dia 3 de agosto, quarta-feira. As manifestações serão pela Caixa 100% Pública, por Contratação e contra a Retirada de Direitos na Caixa. 

 

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