No último dia 24, o governo federal anunciou mudanças na gestão de seu principal agente de desenvolvimento de políticas públicas, a Caixa Econômica Federal.
Um novo nome, agora, responde como presidente do banco: Jorge Hereda, que chefiava a vice-presidência de governo da instituição.
Jorge Fontes Hereda é natural de Salvador, Bahia. Formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e fez mestrado em Arquitetura e Urbanismo na Universidade de São Paulo (USP).
Foi secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Diadema, na região do ABC, e secretário-executivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Também assumiu as secretarias de Desenvolvimento Sustentado do Município de Ribeirão Pires e a de Serviços e Obras da capital paulista.
No governo federal, foi secretário de Habitação do Ministério das Cidades entre 2003 e 2005.
O gestor substitui Maria Fernanda Ramos Coelho, que esteve à frente da Caixa desde março de 2006, indicada pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Foram divulgados, também, os nomes dos novos vice-presidentes da Caixa. Leia, abaixo, carta enviada pela diretoria da APCEF/SP ao novo presidente da Caixa, na qual cobra soluções para as pendências no banco.

Caro presidente

São inegáveis os avanços notados na Caixa Econômica Federal nestes últimos anos.
Muitos desvios cometidos por gestores anteriores – como a retirada de direitos, a terceirização, a criação de normativa que autorizava demissões sem justa causa e a não contratação de empregados – vêm sendo resolvidos ao longo dos tempos.
Não podemos esquecer, também, do importante papel desenvolvido pelo banco durante a última crise mundial, em 2008, quando os empregados “arregaçaram as mangas” e trabalharam mais do que nunca pelo País.
No entanto, o esforço dos trabalhadores não tem sido reconhecido: as condições de trabalho nas unidades estão péssimas, o número de empregados ainda é insuficiente para a demanda – gerando constantes horas extras -, muitos trabalhadores estão adoecendo em função da pressão e da sobrecarga de serviço…
Tudo isso sem contar a necessidade de a direção do banco tornar transparentes as discussões sobre não redução salarial, plano de cargos comissionados, saúde, Saúde Caixa, isonomia, discriminação dos empregados que permaneceram no REG/Replan não saldado e valorização dos empregados.
Assim como foi dito em documento entregue pela representação dos empregados à presidenta Dilma Rousseff, em outubro de 2010, quando ela ainda era candidata, reiteramos a necessidade de sintonizar a Caixa com as transformações referenciadas no novo projeto para o Brasil.
Prioritariamente, cabe à Caixa avançar na superação de seus problemas estruturais, combinando modelo de gestão inovador com política decente de gestão de pessoas.
As transformações propostas pelo governo Dilma devem afetar, positivamente, os empregados da empresa, que dedicam seu trabalho à construção de uma Caixa cada vez melhor.
Nós, da APCEF/SP, entidade representativa dos empregados da Caixa, continuaremos a lutar para que a Caixa valorize seus empregados e se empenhe para atender as nossas principais reivindicações no que diz respeito às condições de trabalho, à saúde, ao bem-estar dos trabalhadores, a melhores salários e para que o banco continue a ser o principal agente de políticas públicas do País. 

Diretoria Executiva da APCEF/SP
Gestão Nossa Luta

 Jorge Fontes Hereda, novo presidente da Caixa Econômica Federal

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