O Comando Nacional dos Bancários orienta as assembléias da categoria em todo o País a aceitar a última proposta feita pela direção da Caixa. A decisão foi tomada em reunião na manhã de hoje, dia 9, na sede da Fenae, em Brasília.
Os membros do Comando avaliam que a proposta traz avanços e se configura em vitória sobre a intransigência e o recurso à Justiça do Trabalho.

• APCEF/SP

A diretoria da APCEF/SP fez uma análise da proposta e das circunstâncias que envolvem o momento dentro da Campanha Salarial.
Na avaliação feita pela APCEF/SP, a proposta, apesar de conter alguns avanços, está aquém do que os empregados da Caixa reivindicam e merecem. Contudo, a única alternativa, caso o que foi oferecido pela empresa seja recusado, é o julgamento do dissídio no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
“O histórico de julgamentos pelo TST em relação à Caixa é desfavorável aos trabalhadores. Entendemos que, em respeito aos empregados, não vale a pena correr o risco e apostar na Justiça do Trabalho” – explicou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.
“Por essa razão, entendemos que a aprovação da proposta nas assembléias em todo o Estado é a melhor alternativa. Contudo, a decisão dos empregados é soberana e deve ser respeitada” – disse Fabiana Matheus. “Além disso, a luta não se encerra por aqui. Defendemos que o Comando Nacional estabeleça um calendário de lutas a fim de que os empregados, mobilizados, possam acompanhar o desfecho das questões que ficaram pendentes, como a definição de um cronograma para a implantação do novo PCS e as novas regras para utilização da internet” – finalizou.

• Proposta apresentada pela Caixa

A proposta apresentada aos trabalhadores na noite do dia 8 representa mudança de abordagem no item econômico e acréscimo de alguns itens tratados na mesa específica. O reajuste para os salários e demais verbas é de 6%, conforme negociado na Fenaban. O tique-alimentação passaria para R$ 323,84 e a cesta-alimentação para R$ 252,36. Ficaria assegurada a 13ª cesta-alimentação conquistada na mesa da Fenaban, também no mesmo valor.
A nova proposta de PLR apresenta valores distintos para empregados sem função e empregados com função: R$ 4.100 para empregados sem função e R$ 4.362,84 para empregados com função. Caso a empresa obtenha lucro superior a 15% no ano de 2007, serão pagos mais R$ 600, linearmente, em março de 2008. A empresa pagará 60% da PLR na folha de outubro e 40%, em março de 2008.
Nos itens das negociações específicas, o destaque vai para a proposta de implantação de um novo PCS. O plano prevê a unificação das tabelas das carreiras administrativas dos planos pré e pós-98, com inclusão das vantagens pessoais e correção da curva salarial relativa aos R$ 30 da campanha de 2004. A migração para a nova tabela será por aproximação salarial e o critério de ascensão será por antiguidade e mérito. O valor inicial da nova tabela terá como parâmetro o nível 101 do PCS de 1998 e valor final a referência 95 do PCS de 89. As discussões terão início 30 dias após o fechamento do acordo. A proposta deverá ser aprovada até 30 de abril e implantada até 1º de julho de 2008.
Outros pontos são:
– parcelamento de férias em 10 vezes;
– contratação de três mil empregados até o final de 2007;
– abertura de concurso público para novas contratações em março de 2008, exceto para São Paulo e Rio de Janeiro;
– empréstimo consignado pela menor taxa praticada pela Caixa no mercado;
– inclusão na aditiva da Convenção Coletiva de Trabalho da garantia de manutenção do Saúde Caixa aos aposentados pelo INSS em efetivo exercício na Caixa;
– negociação no prazo de 30 dias para regulamentação do uso da internet;
– aumento do número de bolsas de incentivo à graduação de 4.000 para 4.100;
– pagamento do auxílio-creche na data do nascimento do filho (hoje é pago a partir do terceiro mês);
– pagamento do tíquete para os novos empregados no mês em que são admitidos, mas desde que a contratação tenha ocorrido até o 15º dia;
– instituição de 4.000 bolsas para cursos de idiomas (inglês, espanhol e japonês) de até R$ 1.200,00 no ano;
– conversão em espécie de até 30 dias de licença-prêmio e Apip;
– reabertura do Saldamento e adesão ao Novo Plano da Funcef;
– compromisso de transferência dos aposentados do PMPP para a Funcef;
– não-desconto dos dias parados.

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