Em 11 de outubro, depois de 13 dias de paralisação dos bancários, tanto a Federação Nacional dos Bancos quanto as direções da Caixa e do Banco do Brasil apresentaram novas propostas aos trabalhadores.

Mobilização resulta em avanços importantes

Em resposta à forte mobilização dos bancários – em uma campanha que já é considerada a de maior participação da categoria dos últimos 20 anos -, os patrões, enfim, apresentaram novas propostas que contemplam aumento real de salário, valorização dos pisos (R$ 1.250 nos bancos privados e R$ 1.600 no Banco do Brasil e na Caixa), melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e definição de mecanismos de combate ao assédio moral.

Comando Nacional indica aceitação das propostas
Na avaliação do Comando Nacional dos Bancários, as propostas apresentadas pelos banqueiros constituem-se na maior conquista da categoria nas últimas duas décadas.
Bancos privados – a Fenaban propõe reajuste de 16,33% nos pisos salariais (aumento real de 11,54%), reajuste de 7,5% para quem ganha até R$ 5.250 (aumento real de 3,08%) em todas as verbas salariais, melhora na PLR e inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho, pela primeira vez, de mecanismos de combate ao assédio moral e à falta de segurança nas agências.
Caixa Econômica Federal – a direção da Caixa apresentou ao Comando Nacional dos Bancários sua proposta específica com um diferencial em relação à da Fenaban: reajuste de 7,5% em todas as verbas salariais SEM O TETO da proposta oferecida aos trabalhadores dos bancos privados.
Propôs, ainda, elevação do piso de ingresso para R$ 1.600, indo para R$ 1.637 após 90 dias, e um acréscimo linear de R$ 39 em todas as referências do Plano de Cargos e Salários de 2008.
A direção da empresa comprometeu-se, também, a seguir a proposta de PLR acordada na mesa unificada e a pagar, ainda, uma PLR Social, equivalente a 4% do lucro líquido, distribuídos de forma linear para todos os empregados.
“Além disso, pela proposta da Caixa, haverá a distribuição de um delta para todos os empregados promovíveis e a garantia em acordo do pagamento da promoção de 2010 em março de 2011, entre outros pontos”, afirmou o coordenador da CEE-Caixa, que assessora o Comando nas negociações com o banco, Jair Ferreira.
“Foi a força da greve nacional e da unidade dos bancários que obrigou os bancos a quebrarem o silêncio e a apresentarem propostas que contemplam nossas principais reivindicações”, avaliou o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro.

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