Da Agência Fenae

Remuneração total foi o assunto da mesa de negociações. Itens econômicos voltarão a ser negociados entre bancários e banqueiros na próxima semana

Questões como reajuste e aumento real de salário, maior e melhor PLR, contratação coletiva da remuneração variável e criação de melhores pisos salariais estiveram em destaque na mesa do segundo bloco de reivindicações da campanha nacional salarial de 2007, realizado em 5 de setembro, na capital, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban. Os itens apresentados voltam a ser negociados dias 13 e 14 de setembro, junto com as cláusulas sobre emprego e condições de trabalho.
Na ocasião, a representação nacional da categoria bancária reafirmou a necessidade de melhoria em todos os aspectos das cláusulas econômicas, sobretudo devido aos resultados recordes que os bancos vêm obtendo. Foram explicitadas as reivindicações de reajuste salarial de 10,3%, PLR de dois salários e mais parcela fixa de R$ 3.500, contratação da remuneração variável (10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade e 5% sobre receita com prestação de serviços), piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo do Dieese), 13ª cesta-alimentação e auxílio-educação, entre outros itens. Não houve contraproposta, mas os banqueiros pediram um tempo para debater as reivindicações apresentadas pelos bancários.
A Fenaban concordou com a discussão de um novo modelo para a PLR, podendo vir a acatar proposta apresentada pelo Comando Nacional. Os bancários defenderam que os programas próprios de resultados dos bancos não sejam descontados da PLR e apresentaram ainda uma proposta para a remuneração total. Foi enfatizada também a importância da valorização dos pisos salariais, de modo a evitar que os ajustes internos dos bancos venham a transformar-se em um PCS disfarçado e não negociado com as entidades sindicais, sobre o qual os trabalhadores não conseguem interferir.
Na negociação, a Fenaban apresentou proposta formal de renovar a Convenção Coletiva Nacional por mais dois anos, argumentando para isso que a economia atravessa momento de estabilidade. O Comando Nacional levará essa proposta para ser debatida com os bancários e com suas entidades de representação.
Para o presidente da Contraf/CUT, Vagner Freitas, resta à categoria bancária se mobilizar e promover atividades de pressão em todo o Brasil. Ele afirmou que “as negociações estão ocorrendo e os bancos não concedem nada de graça”.

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