Da Agência Fenae

Protestos já ocorreram hoje nas bases sindicais de Curitiba (PR), Piauí e de São Paulo (SP). Essas atividades são a resposta dos bancários aos “Nãos” dos banqueiros

Desde 22 de setembro, conforme orientação do Comando Nacional dos Bancários, as entidades sindicais de todo o País estão realizando manifestações em agências e unidades bancárias, com retardamento na abertura ou paralisações localizadas. Essa semana de mobilização tem como ponto alto o Dia Nacional de Luta em 25 de setembro (quinta-feira), seguido por assembléias de bancários para decidir sobre a realização ou não de uma greve nacional, em protesto contra a intransigência dos banqueiros em mesa de negociações da campanha salarial deste ano.
Segundo consta no site da Contraf-CUT (www.contrafcut.org.br), ocorreram protestos nas bases sindicais de Curitiba (PR), Piauí e São Paulo (SP). Na manhã desta terça-feira (23 de setembro), o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região fechou 21 agências no central da capital paranaense, devendo o atendimento ficar suspenso até o meio-dia de hoje. No Piauí, houve o retardamento em uma hora no atendimento em todas as unidades bancárias de Parnaíba (PI).
Em São Paulo, os atos começaram nas primeiras horas da manhã com expressiva participação dos bancários do Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic), Centro Administrativo Santander (Casa 3), Centro Administrativo Unibanco (CAU), Complexo Verbo Divino do Banco do Brasil, Bradesco Nova Central, Centro Administrativo São Paulo (Casp) do HSBC, matriz da Nossa Caixa (na Rua XV de Novembro), Centro Administrativo Operacional (CAO) do Real (o Majolão), e agência Brás da Caixa Federal.
Na quarta-feira, dia 24 de setembro, em São Paulo, está marcada nova rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Desta vez o foco são as cláusulas econômicas da pauta unificada de reivindicações, que inclui itens como reajuste salarial de 13,23% (inflação mais aumento real de 5%), PLR de três salários mais valor fixo de R$ 3.500 (sem teto e sem limitador), valorização dos pisos salariais, cesta-alimentação no mesmo valor do salário mínimo (R$ 415) e contratação da remuneração total.
A mobilização será a resposta dos bancários para os “Nãos” dos banqueiros nas seis rodadas de negociações realizadas até agora. A ampliação e o fortalecimento da mobilização em local de trabalho também deverão ocorrer no âmbito da Caixa Econômica Federal, para pressionar a direção da empresa a negociar com seriedade na próxima sexta-feira, dia 26 de setembro. Na última reunião, em 19 de setembro, em Brasília, os representantes da Caixa não apresentaram respostas concretas para a maioria das reivindicações levadas pelo Comando Nacional dos Bancários, com assessoria da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa).
Caso as negociações não avancem, tanto no âmbito da Fenaban quanto no âmbito dos bancos públicos federais, a categoria bancária vai intensificar a mobilização em todo o País até o dia 29 de setembro, em preparação à greve a ser deflagrada nacionalmente.

• Caixa: negociações específicas
Pelo calendário específico definido para a campanha salarial deste ano, os temas da próxima rodada na Caixa são a democratização da gestão e a recomposição do poder de compra dos salários. O encontro está previsto para o dia 26 de setembro, em Brasília, e deverá discutir ainda a cláusula referente à contratação de pessoal, que por falta de tempo não foi negociada na reunião anterior.

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