A categoria bancária tem até esta sexta-feira, dia 9, para responder o questionário do Censo da Diversidade. Até agora, cerca de 95 mil bancários responderam à pesquisa, o que representa apenas 19,67% do universo de 486 mil empregados dos bancos que podem participar da iniciativa – sete bancos públicos e 11 privados.
A prorrogação foi feita a pedida da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT).

O Censo da Diversidade trata-se de uma conquista da campanha salarial de 2012 e está em sua segunda edição. O primeiro Censo ocorreu em 2008, quando mais de 200 mil bancários responderam ao questionário, sem haver qualquer tipo de retaliação ou perseguição.

A pesquisa pode ser feita no seu local de trabalho, em casa, pelo celular ou tablete e o tempo estimado é de 5 a 8 minutos. A Contraf/CUT esclarece que o sistema de acesso é criptografado, o que significa que a exigência do CPF e matrícula permite a entrada segura, como a chave que abre uma porta de uma casa, mas depois que se entra não tem como rastrear.

Com a segunda versão do Censo, de acordo com a Contraf/CUT, cada bancário contribui para a construção do perfil da categoria. Com o segundo Censo será agora possível verificar o que mudou e o que não avançou nos últimos seis anos em termos de igualdade de oportunidades para os trabalhadores do sistema financeiro.

Para a Contraf/CUT, “mesmo os bancos dizendo que são instituições modernas e que atendem todos os requisitos da responsabilidade social, observamos inúmeras lacunas na política de igualdade no setor financeiro, como a não publicidade e a falta de transparência nos processos de contratação dos bancos privados.

Outra constatação é a de que a grande maioria dos trabalhadores não têm acesso aos critérios objetivos para construir a sua carreira no banco. Ficam "estacionados" nos cargos por longos anos, sem reconhecimento e valorização e atinge as mulheres, a população negra, LGBT e trabalhadores com deficiência, que encontram uma série de barreiras para chegar aos cargos mais elevados na hierarquia das empresas. Essa também é uma realidade dos bancos públicos.

Fonte: Fenae Net
 

Compartilhe: