A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa – Contraf/CUT) divulgou no fim da semana passada, durante o 31º Conecef, realizado em São Paulo (SP), um informativo sobre os desdobramentos da campanha salarial 2014. Além de detalhar as principais conquistas obtidas na mesa permanente de negociação com o banco, o material convoca a categoria para se mobilizar em prol de itens em que falta disposição da empresa para implementar.

“Nosso objetivo é prestar contas do que temos obtido de outubro do ano passado para cá. Os mais de 100 mil trabalhadores têm o direito e o dever de estarem bem informados. Só assim eles terão condições de participar da luta por avanços. Em breve entraremos novamente na campanha salarial, momento em que precisaremos mostrar força e unidade. A conjuntura mostra que as negociações com o banco não serão nada fáceis”, afirma Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa – Contraf/CUT.

Avanços
Entre os itens que mais evoluíram desde a campanha 2014, destaca-se a promoção por mérito. Após ampla negociação no âmbito da comissão paritária do PCS, a sistemática foi divulgada para os empregados no dia 25 de maio deste ano. A regra garante um delta com 40 pontos, 10 a menos que na metodologia anterior. A não vinculação da promoção às metas, ao contrário do que queria a Caixa, também só veio graças à pressão das entidades representativas.

A incorporação do REB ao Novo Plano, cujo modelo foi aprovado nas instâncias do banco e da Funcef, é outra conquista importante. Ainda falta, porém, a aprovação do Departamento Nacional de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), motivo pelo qual a Comissão Executiva dos Empregados continua cobrando celeridade no processo. São quase 13 mil participantes do REB que, desde 2006, estão acumulando prejuízos.

Mobilização, já!
O informativo da CEE/Caixa – Contraf/CUT trata de temas em que a luta dos trabalhadores será decisiva. É o caso do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) que, entre outras atrocidades, institucionaliza a cobrança de metas individuais, que estão entre as principais causas do adoecimento nas unidades. “A CEE/Caixa, a Contraf/CUT e a Fenae estão realizando uma campanha para explicar porque precisamos combater esse absurdo. Enviamos cartilhas e cartazes para todas as agências do país”, diz Fabiana Matheus.

A necessidade de mais empregados também é destaque do material. De 1º de março a 30 de abril, apenas 48 novos trabalhadores ingressaram na empresa, contra a saída de 1.341, sendo a maioria por conta do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). Outra reivindicação importante é a isonomia entre os empregados da Caixa. Os contratados após 1998 entraram sem uma série de direitos. Alguns foram reconquistados, mas ainda falta a licença-prêmio e o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) ou anuênio.

Caixa 100% pública
O informativo da CEE/Caixa – Contraf/CUT ainda trata da vitoriosa campanha em defesa da Caixa 100% pública. Graças à mobilização nacional, que envolveu trabalhadores, entidades representativas e movimentos sociais, o governo desistiu da proposta de abrir o capital do banco. Uma das principais atividades foi o dia de luta, em 27 de fevereiro, em que milhares de bancários postaram fotos nas redes sociais segurando o cartaz enviado para todas as unidades, que tinha a hashtag #ACaixaédoPovo.

“Foi uma mobilização histórica, em que os trabalhadores mostraram do que são capazes quando se unem. Agora, a luta continua por um banco melhor para todos os brasileiros e que ofereça melhores condições de trabalho aos empregados. Nesse sentido, a conscientização e a participação da categoria seguirão sendo essenciais. Outros informativos virão”, finaliza Fabiana Matheus, que também é diretora de Administração e Finanças da Fenae.

>> Clique aqui e confira o informativo da CEE/Caixa – Contraf/CUT.

Fonte: Fenae Net

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