Diante da postura intransigente e truculenta da direção da Caixa de ameaça de ajuizamento de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, caso os empregados não voltem ao trabalho imediatamente, a representação dos empregados conclama todos os empregados para participarem ativamente das assembléias e votarem pela continuidade da greve por tempo indeterminado.
“É hora de união entre os empregados da Caixa. É hora de fortalecer a greve e de demonstrar claramente que queremos uma proposta digna de ser apreciada pelos trabalhadores” – afirmou a diretora-presidente da APCEF/SP, Fabiana Matheus.

• CEE-Caixa repudia postura da Caixa

Em mensagem divulgada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), em 4 de outubro, os representantes dos trabalhadores afirmam que a proposta do banco, além de insuficiente – por não contemplar as principais reivindicações -, representa um retrocesso em comparação ao patamar atingido nas negociações dos anos anteriores.
Para a representação dos empregados, a ameaça da empresa de ajuizar dissídio trata-se de uma chantagem que só leva ao acirramento do conflito. “É uma contradição a Caixa criar uma vice-presidência em nome do aprimoramento das relações com o seu quadro de pessoal e, na primeira oportunidade, demonstrar exatamente o contrário do que tem pregado” – diz um trecho da mensagem da CEE-Caixa.

• Rodada de negociação com a Caixa: nenhuma proposta apresentada

A proposta apresentada pela direção da Caixa no último dia 4, em Brasília, limita-se ao cumprimento dos itens econômicos da mesa da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e não avança, em ponto algum, nos itens específicos.
Em relação ao que foi negociado com a Fenaban, a diferenciação apresentada pela Caixa é considerada insignificante. A direção da empresa propôs o aumento do valor da antecipação da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) – 56% mais R$ 614 e o valor da parcela adicional de R$ 600. A diferença da segunda parcela da regra básica da Fenaban seria paga até março de 2008.
Como não houve proposta que contemplasse as reivindicações dos empregados, a CEE-Caixa reafirmou a disposição de continuar a negociação, sugerindo a data de 8 de outubro, segunda-feira, para a retomada das discussões.
Sem disposição para dialogar, a direção da Caixa afirmou que a “proposta” apresentada pela empresa estaria no limite e condicionou a retomada da negociação à sua aceitação pelos empregados. Informou, ainda, que no caso de continuidade da greve, a empresa ajuizará dissídio coletivo na Justiça do Trabalho.
“A adesão à greve tem aumentado a cada dia em todo o País. E é essa força que nos levará à conquista de nossas reivindicações. Participe ativamente das assembléias e vote pela continuidade da paralisação!” – finalizou Fabiana Matheus.

• Plantão APCEF/SP

Se você ou seus colegas de trabalho tiverem qualquer tipo de problema durante o período de paralisação e mobilização, entre em contato com a APCEF/SP pelos telefones: (11) 3017-8322, 3017-8324, 7632-1861 (cel.), 7632-2728 (cel.) ou 7605-1916 (cel.)

Compartilhe: