Da Agência Fenae

Os participantes do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae cobraram do vice-presidente de Gestão de Pessoas (Vipes) da Caixa, Édilo Ricardo Valadares e do Superintendente Nacional de Desenvolvimento e Estratégias Empresariais da Caixa, José Durval Fernandes Reis esclarecimentos sobre a reestruturação que está ocorrendo na empresa. As cobranças foram feitas durante o primeiro dia de reunião do Conselho Deliberativo Nacional, em 7 de abril, em Brasília.
Os representantes das APCEFs expuseram o clima de insatisfação que ocorre em cada estado em decorrência da reformulação implantada pela empresa. A reclamação geral recai, principalmente, na falta de informações que vem causando insegurança entre os empregados atingidos pelas mudanças.
O presidente da APCEF/SP, Sérgio Takemoto, citou um fato comum: nem os gestores, nem os empregados das áreas envolvidas sabem até agora quantas pessoas vão ser aproveitadas e nem quando as mudanças serão implantadas. “O que temos assistido são os técnicos procurando outra área pra trabalhar. Talvez seja desnecessário o temor, mas a falta de informação sobre o prazo e o quantitativo de pessoas atingidas gera esse problema”, ressaltou o diretor.
Ao ouvir os relatos dos representantes de diversas APCEFs, Durval Reis respondeu que não há como precisar um quantitativo de pessoas: “Ainda não encerramos esse dimensionamento de pessoas. Quando divulgamos as orientações sobre flexibilização dos processos, estamos dizendo que os cargos serão ocupados pelos empregados preferencialmente pelos daquelas filiais e que por ventura tem redução”. Segundo Durval, o prazo para a implantação do novo modelo, a Rede de sustentação do negócio, é 30 de junho.
Édilo Valadares reconheceu a forma equivocada na divulgação da reestruturação que está acontecendo nas áreas meio da empresa. Ao ser questionado pelos membros do Conselho Deliberativo Nacional da Fenae, ele também garantiu que a reestruturação não foi pensada para eliminar o número global de funções.
Édilo Valadares declarou que os empregados que não forem lotados na unidade reestruturada serão movimentados e terão prioridade na composição de equipes no mesmo município de sua lotação, comprometendo-se, inclusive, a criar vaga na cidade, caso não haja, para que não ocorra transferência compulsória de município.
Durval esclareceu que a reestruturação é necessária para suprir uma necessidade do negócio e que o momento escolhido para a implantação é resultado de análises técnicas que vem se desenvolvendo desde 2007.
“As APCEFs continuarão a acompanhar o processo de reestruturação e de implantação da Rede de sustentação do negócio. Exigimos respeito às pessoas envolvidas nas modificações e cobraremos que a direção do banco atue com transparência e cuidado com o empregado da Caixa nesse processo”, afirmou De Assis Araújo, presidente do CDN.

• Palestra com o ministro Paulo Bernardo
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, fez palestra ao final do CDN, sobre a atual conjuntura econômica do País. Ele declarou que está otimista pelo fato de o Brasil ter conseguido atravessar a crise com um volume mínimo de sequelas e que, no ano passado, a renda do brasileiro cresceu 10%.
O ministro acredita que "cerca de dois milhões de empregos formais serão gerados neste ano” e disse que o Brasil colocou na pauta o papel dos bancos públicos. Paulo Bernardo também respondeu a perguntas dos participantes do CDN sobre diversos temas.

• Isenção de tarifas bancárias para as Apcefs
A reunião do CDN da Fenae também abordou o tema da isenção de tarifas bancárias para as APCEFs. O presidente da Fenae, Pedro Eugenio, garantiu que a Caixa não modificou a política de isenção de tarifas bancárias para as Associações. No entanto, durante a reunião do CDN, constatou-se que um número relativamente grande de APCEFs ainda não conseguiu o benefício da isenção de tarifas. Haverá nova reunião com a Caixa sobre esse assunto.

• Investimentos da Fenae nas APCEFs
Na reunião do CDN, também foram apresentados os investimentos da Fenae em 2009 no patrimônio das APCEFs nas áreas de cultura, esportes e empréstimo especial. Ao todo o investimento foi de R$ 4.946.455,12. O valor é praticamente o dobro do que foi destinado no ano de 2008. A diretoria da Fenae avalia que dessa forma está cumprindo o seu projeto de investimento nas Associações.

• Planejamento estratégico
As APCEFs avaliaram positivamente a realização do Dia do Aposentado, um projeto conjunto entre Fenae e APCEFs. A diretora para assuntos de aposentados, Ely Freire, destaca que 26 apcefs realizaram as festividades dessa data, inclusive algumas tiveram parceria com as associações de aposentados, que também elogiaram essa iniciativa.

O próximo evento realizado pelas APCEFs em conjunto com a Fenae é a Corrida do Pessoal da Caixa, no mês de maio, período em que serão comemorados os 39 anos da Fenae.

• Campanha Nossa APCEF
A primeira etapa da Campanha por mais associados Nossa APCEF teve início em 2009, nas APCEFs Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe, com avaliação positiva das Associações. O segundo grupo a participar da campanha teve etapa iniciada neste ano e inclui as APCEFs Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Roraima, São Paulo e Tocantins.

• Gerenciamento de clubes
A Fenae está estudando propostas de softwares de gerenciamento de clubes que integrem os diversos processos de administração das APCEFs (contabilidade, emissão de carteira de sócio, entre outros). 
O assessor econômico da Fenae, Vanderson Burracini, fez um estudo macroeconômico com base na APCEF/DF e está analisando orçamentos de diversas empresas. Ele se colocou à disposição das APCEFs para realizar um estudo mais detalhado caso alguma Associação se interesse por esse serviço de assessoria. Ele acrescenta que a empresa avaliada também pode oferecer módulos para gestão de hotelaria, para as APCEFs que tenham Colônias. O assessor comprometeu-se a encaminhar para as APCEFs ainda nesta semana uma média dos valores orçados.

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